Nampula (IKWELI) – O director provincial da Educação de Nampula, William Tunzine, começou a sua jornada laboral, nesta segunda-feira (24), partilhando o início das actividades lectivas semanais com os alunos da escola secundária de Muatala, nos arredores da capital provincial.
Tunzine chegou a Muatala pouco depois das 6h25 e não gostou do que viu, começando pela falta de assiduidade dos professores, dos gestores, assim como dos alunos.
Antes da entoação do hino nacional, o governante foi conversando com os alunos, entendendo os problemas que afectam o processo de ensino e aprendizagem. Um aluno da 10ª classe disse ao director que, desde o início do ano lectivo, ainda não tem professores para as disciplinas de Física e Agropecuária.
Igualmente, visitou aos alunos nas salas de aula, mas a organização, também, não o deixou confortável, tal como a higiene nas casas de banho, bem como a conservação da infra-estrutura, mas anotou serem situações que facilmente podem ser resolvidas, pois apenas depende da proactividade dos gestores.
O director da escola secundária de Muatala, até a hora da saída do director provincial do seu estabelecimento de ensino, ainda não se tinha feito presente.
“Esta actividade insere-se nos esforços do governo para a melhoria da qualidade de ensino e aprendizagem, acompanhamento dos nossos estabelecimentos de ensino e o desencorajamento de práticas que atentem a este processo todo.”, anotou o director.
A escola secundária de Muatala ganhou referência com o exercício de cobrança de taxas de guarda, uma cobrança que quando não satisfeita retirava o direito de o aluno ser matriculado.
Ainda que atrasados, Tunzine, também, reuniu com alguns professores da escola, onde deixou instruções claras sobre como melhorar a qualidade de ensino naquele estabelecimento. Recordou-os que os professores são o espelho e modelo para os alunos. “Se queremos que os alunos entoem o hino, o professor deve entoar, também. Se querermos ter alunos assíduos, o professor deve ser o exemplo”.
“Nós vínhamos iniciar o dia lectivo com as nossas crianças e os professores, infelizmente encontramos metade das crianças, três professores e uma pedagógica, também visitamos as instalações e achamos que há um trabalho que devia ser feito, esta escola contínua bonita, bem construída e resiliente acima de tudo, mas precisa de manutenção porque se não vamos perder tudo aqui.”, comentou, prosseguindo que “então, vamos trabalhar com a direcção da escola para minimizar este assunto, conversamos com os alunos, professores e deixamos algumas recomendações principalmente no que diz respeito a pontualidade e assiduidade, também falamos com o pessoal não docente para ver se chagam cedo e manter a escola, as casas de banho que estão num aspecto não muito bom, algumas sanitas e torneiras são coisas ligeiras que não precisam muito dinheiro e com os fundos é possível fazer isso”.
“É preciso ter cuidado e vamos deixar este TPC [Trabalho para Casa] com a direcção da escola para que trabalhe mais no controle dos alunos e professores, portanto vamos continuar a trabalhar e em termo de higiene a escola precisa melhorar muito, estamos a falar parte externa e interna, tal como salas de aulas, carteiras e um arranjo pode se fazer localmente sem muitos custos e é uma questão de proactividade do director da escola, gestor e a parte administrativa”.
William Tunzine insistiu que “não ficamos muito satisfeito com o que encontramos aqui nesta escola e há necessidade de trabalharmos muito”. (Redação)