Nampula (IKWELI) – O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), delegação de Nampula, repudia os actos de violência perpetrados pelos agentes da Policia da República de Moçambique (PRM) face as manifestações levadas a cabo por membros e simpatizantes do partido PODEMOS, assim como os assassinatos e raptos no país, um fenómeno que, segundo explica, retraem os empresários a investir para o desenvolvimento da nação.
Na mesma senda, o MDM, através do seu delegado distrital, Américo Yemenle, diz não estar de acordo com aquilo que chamou de fraude eleitoral, por isso, exige que os órgãos eleitorais façam a reposição da vontade eleitoral de forma a evitar que haja mais actos de violência.
“Recusamos aceitar os resultados anunciados pela Comissão Nacional de Eleições, aceitarmos esses resultados é trair o povo moçambicano, nós não somos traidores, por isso aqui e agora exigimos a reposição da vontade popular e repudiamos os assassinos macabros e estamos contra os raptos dos empresários, porque são fenómenos que afugentam o emprego para a nossa juventude”, disse.
Yemenle vai mais longe ao afirmar que Moçambique não pode continuar a ser uma sociedade exclusiva de uma elite que se julga “dona absoluta do processo de construção da nação”.
Segundo avança, África e o Mundo assistem um processo de mudança, sendo que desenvolvimento de um país não combina com conflitos, e aconselha ao partido no poder a parar de negar a democratização país.
“Não podemos continuar a viver numa sociedade irreconciliável, parem de negar a democratização do país. Estamos encorajados porque sentimos a determinação de luta para o alcance dessas mudanças, o MDM encoraja esse inconformismo dos moçambicanos perante o sofrimento, por isso, exorta a contínua luta, desistência não é a meta, é preciso remover os obstáculos que impedem o nosso desenvolvimento, companheiros, é fácil enganar o povo muitas vezes, mas não se engana um povo eternamente, não podemos continuar calados, não podemos aguentar mais, basta, chegou o tempo de mudar, ninguém nasce para sofrer, o sofrimento não é destino para ninguém é só acabarmos com o regime do dia”.
Diante do momento conturbado em que o país se encontra, Américo Iemenle pediu um minuto de silêncio a favor das vítimas que perderam a vida em decorrência das manifestações que decorrem desde o dia 21 de outubro findo. (Ângela da Fonseca)