Nampula (IKWELI) – O Consórcio Mais Integridade expôs, através de um relatório, as principais incidências ocorridas durante a terceira semana da campanha eleitoral. Durante a produção do relatório que decorreu entre os dias 07 a 13 do mês em curso, foram monitorados 2278 eventos da campanha.
Os eventos monitorados pelo Mais Integridade contemplaram, pelo menos, quatro partidos, nomeadamente, FRELIMO, RENAMO, MDM e PODEMOS e no relatório consta a preocupação com casos de violência entre simpatizantes, uso de meios públicos, bem como algumas restrições à liberdade de imprensa.
Através do comunicado, o Consórcio destacou haver uma redução em 15% de casos de agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) que interferem ou intimidam durante a campanha eleitoral, apesar disso, a última semana foi marcada por um aumento de confrontos entre apoiantes dos quatro partidos contemplados no relatório.
Sendo que na cidade de Quelimane, capital da província da Zambézia, houve registo de confrontos violentos entre simpatizantes da Frelimo e da Renamo, que só terminaram depois de negociações entre a Unidade de Intervenção Rápida (UIR), e o delegado provincial do partido da “perdiz”. Enquanto isso, no distrito de Cuamba, no Niassa, registou-se o atropelamento de um membro do PODEMOS pelos simpatizantes da FRELIMO.
“Estes incidentes resultaram no ferimento de 5 pessoas, sendo 4 membros de partidos políticos e um membro da população. Dentre os feridos, destaca-se uma 1 mulher”, lê-se
O relatório revela ainda o bloqueio suportado por dois jornalistas da Rádio Chuabo FM em Quelimane, pois, no passado dia 11, estes foram impedidos de cobrir a campanha da FRELIMO no bairro Brandão pela secretária da Organização da Mulher Moçambicana (OMM), Mariamo Amade. Esta justificou que não tinha autorização das estruturas superiores do partido para permitir a presença dos repórteres da rádio.
“Posteriormente alegou que as credenciais dos jornalistas, emitidas pelo Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), poderiam ser falsas, argumentando que apenas credenciais fornecidas directamente pela sede distrital da FRELIMO seriam válidas para a cobertura do evento. Esta atitude da representante da FRELIMO é uma clara violação de Direitos Fundamentais como a Liberdade de Imprensa e o Direito à Informação”, refere o relatório.
Vale referir que o Consórcio Eleitoral Mais Integridade está a observar a campanha eleitoral em todas as províncias do país, destas, a cidade de Maputo conta com 250 observadores. (Ângela da Fonseca)