Nampula (IKWELI) – Uma mulher, de 30 anos de idade, mãe de três filhos, se encontra hospitalizada no Hospital Central de Nampula (HNC), após ter sido espancada, na noite do último sábado (2), pelo respectivo esposo, por recusar manter relações sexuais com o mesmo.
O cenário ocorreu no bairro de Mutauanha, nos arredores da cidade de Nampula, alegadamente em resultado da reação do álcool que o agressor tinha consumido, uma vez que o marido chegou a casa embriagado.
“Começou a me obrigar, eu neguei. Depois ele me espancou, com duros golpes na cabeça, usando madeira que servia como fecho da porta. Neste momento, encontro-me no Banco de Socorros, do Hospital Central de Nampula, a receber tratamentos médicos. Meu marido me bateu porque eu tinha negado fazer amor com ele ontem de noite, ele tinha chegado de noite, eu estava a cozinhar e crianças estavam a assistir na sala, então de repente chega nem procurou saber como as crianças estão já que ele saia de manhã, só me levou no quarto, me tirou capulana e disse que queria fazer amor, eu por saber o estado dele, neguei, começou a me forçar quando quis sair, acabou levando uma madeira que nós usamos para fortificar a nossa porta do quarto e me bateu na cabeça”, conta a vítima.
Acrescentou que conseguiu escapar graças a ajuda da sua filha mais velha, pois “ela é que veio me acudir. Assim se eu sair do hospital não volto mais pra ele, e essa é a terceira vez que ele faz isso comigo”.
A filha mais velha do casal diz-se preocupada com o comportamento do seu pai. “Eu vi quando meu pai chegou. Onde ele estava a beber, estava a insultar. Primeiro entrou dentro, veio até onde estávamos sentados a assistir, pediu comida, mamã respondeu que estava a cozinhar. Ele saiu, só de repente vejo ele a levar minha mãe para o quarto deles, depois de alguns minutos ouço minha mãe a chorar, eu entrei para ver o que estava a acontecer, só vi minha mãe a sangrar na cabeça, liguei para minhas tias e trouxemos ela aqui no hospital, porque já estava a perder muito sangue. Eu não sei o que aconteceu entre eles no quarto”.
Os parentes da vítima exigem que a justiça seja feita, pois casos de violência no lar da vítima são recorrentes. (Virgínia Emília)