Nampula (IKWELI) – Pais e encarregados de educação da escola comunitária Santa Isabel, no mítico bairro de Namutequeliua, são chamados pela direcção da instituição a tornaram-se vigilantes para que os seus educandos não se envolvam no consumo de drogas, bem como no combate a uniões prematuras.
Jeremias Naface, director daquele estabelecimento de ensino pertencente a igreja católica, chamou, também, a atenção para o combate a comportamentos desconexos ao processo de ensino e aprendizagem.
“De acordo com o nosso lema que é fazer da Escola Comunitária Santa Isabel um lugar de ensino de qualidade, inovador e inclusivo, a nossa aposta é garantir com que tudo que pensamos em fazer incumbir os pais e encarregados de educação para garantir realmente a qualidade de ensino que todos nós almejamos possamos atingir”, disse a fonte.
Num outro desenvolvimento, Naface disse que “desde já, queremos perceber como os pais e encarregados de educação se envolvem no acompanhamento dos seus filhos, os professores como transmitem o processo de ensino e outras estruturas que fazem a gestão para permitir o envolvimento de todos para garantir que no final de ano tenhamos bons resultados dos alunos”.
O responsável disse que, nos anos anteriores, pais e encarregados de educação pouco participavam na vida dos seus educandos, assim como da escola, ou seja, “nos anos anteriores é que alguns encarregados de educação matriculavam os seus filhos e deixavam-nos à sua sorte por, alegadamente, a responsabilidade ser da direcção da escola, o que não constitui a verdade e isso não contribui em nada porque os alunos precisam sempre da complementaridade entre os gestores escolares e pais e encarregados de educação”.
Este director diz que a escola nunca antes terá se dado com um caso de consumo de drogas, mas não descarta a hipótese, por isso tem vindo a envolver as autoridades do bairro e do Estado para que estejam atentas aos movimentos dos alunos.
As uniões prematuras são uma preocupação para as autoridades policiais instaladas naquele bairro, tal como disse Maria Salomé Libério, chefe da Secção de Atendimento a Família e Menores Vítimas de Violência na 4ª Esquadra da Polícia da República de Moçambique (PRM).
“Temos recebido casos de meninas fugindo de casa, porque foram obrigadas a casar aos 15 anos com um senhor maior de idade e referem que os pais e encarregados dos mesmos aceitaram a união”, comenta esta fonte.
Libério apela as famílias para que não interrompam o processo de formação da rapariga, porque estão comprometendo o futuro dela e do país. (Nelsa Momade)