Embaixada dos E.U.A. lança programa para incluir pessoas com deficiência na acção climática

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Maputo (IKWELI) – Os Estados Unidos, através da sua Agência para o Desenvolvimento Internacional (USAID), anuncia um novo programa destinado a fornecer informações sobre ferramentas de defesa contra as mudanças climáticas para pessoas com deficiência em Moçambique.

O objectivo deste projecto é facilitar o acesso a informações sobre sistemas de preparação para emergências e mudanças climáticas para pessoas cegas, surdas ou com outras formas de deficiência.

Intitulado Resiliência e Capacitação para Acção contra as Mudanças Climáticas por Organizações de Pessoas Portadoras de Deficiência (RECADO), o programa é liderado pela Associação TV SURDO em consórcio com o Fórum das Associações Moçambicanas de Deficientes (FAMOD), Associação dos Cegos e Amblíopes de Moçambique (ACAMO), Associação dos Deficientes de Moçambique (ADEMO), entidades governamentais e outros agentes de desenvolvimento.

Moçambique é um dos países mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas, com eventos climáticos cada vez mais frequentes tais como ciclones, secas e cheias.

De acordo com o UNICEF [Fundo das Nações Unidas para a Infância], as pessoas com deficiência são geralmente deixadas à margem das discussões sobre políticas, planos e programas que preparam as comunidades para responder a estes eventos climáticos a nível nacional e subnacional.

RECADO defende a integração dos direitos das pessoas com deficiência no trabalho das entidades estatais e de outros actores-chave. O projecto irá umentar o acesso à informação que inclui as pessoas com deficiência e promoverá o envolvimento da comunidade para melhorar a sua capacidade de tomar medidas preventivas contra os choques climáticos. O programa conduzirá investigação e desenvolverá sistemas de recolha de dados para informar as intervenções governamentais no domínio das alterações climáticas e melhorar as técnicas de identificação de pessoas com deficiência consideradas mais vulneráveis aos efeitos das alterações climáticas. RECADO irá também investir em actividades de capacitação para garantir que as entidades governamentais, organizações de pessoas com deficiência e outras partes interessadas adquiram conhecimentos sobre acções climáticas inclusivas para a deficiência. Além disso, o programa criará laços sustentáveis entre estas entidades e as pessoas com deficiência para as incluir activamente nos processos de tomada de decisão, fazendo assim jus à expressão “nada para nós, sem nós”.

A Directora da Missão da USAID, Helen Pataki, disse que “os Estados Unidos estão empenhados em ajudar todas as pessoas com deficiência a participar activamente na vida pública de Moçambique. A inclusão melhora a tomada de decisões e fortalece as comunidades”.

A USAID irá investir 1,1 milhões de dólares ao longo de três anos. O apoio aos direitos das pessoas portadoras de deficiência é uma componente crítica da assistência mais alargada do Governo dos E.U.A. em Moçambique.  Em estreita colaboração com o Governo da República de

Moçambique e a sociedade civil, o Governo dos E.U.A. fornece mais de 700 milhões de dólares em assistência anual para melhorar a qualidade dos cuidados de saúde, educação, promover a prosperidade económica e a estabilidade, em apoio ao desenvolvimento geral da nação. (Redação)

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