Nampula (IKWELI) – A província de Nampula está a ferro e fogo desde que a presidente do Conselho Constitucional, Lúcia Ribeiro, tornou público, em cerimónia solene, o acórdão da validação e proclamação das eleições de 9 outubro último.
A capital provincial tem parte significante dos estabelecimentos comerciantes saqueados, depois que vandalizados para ceder-se ao seu interior.
No distrito de Malema, havia relatos de que o chefe de operações no comando distrital da Polícia da República de Moçambique (PRM) tinha sido morto pelos manifestantes, os quais apoderaram-se de uma arma de fogo que estava na posse do finado, mas o administrador local, Morchido Momade, desmentiua informação.
No entanto, Momade confirmou a invasão ao posto policial de Mutuali e a vandalização da residência particular do veterano da luta de libertação nacional, Eduardo Silva Nihia. “O posto administrativo de Mutuali teve muitos prejuízos todas casas administrativas já foram incendiadas, lojas porque eles pilham e vandalizam, depois começam a atacar agentes económicos”, disse o administrador de Malema.
Em Lalaua, as instalações do comando distrital da PRM foram reduzidas a cinzas, tanto quanto viaturas que encontravam-se no local foram queimadas.
Na sede do posto administrativo de Nacavala, no distrito de Meconta, manifestantes pintados a preto e munidos de catanas montaram uma portagem, sendo que a passagem é mesmo mediante o pagamento de qualquer valor monetário, caso contrário o risco é de ver a sua viatura vandalizada.
Já na cidade de Nampula, o dia acordou, literalmente, calmo, contabilizando-se os estragos da noite anterior, mas logo depois das 7h há grupos que invadiam lojas ao longo da avenida do Trabalho, sobretudo na entrada da zona do Piloto, conhecida por zona da Clínica.
Os “chapa-100” não estão a circular, a mobilidade é garantida, maioritariamente, por táxis de mota. (Redação)