Nampula (IKWELI) – A Escola Secundária de Namicopo, localizada nos arredores da cidade de Nampula, num dos bairros mais populosos do país, iniciou o ano lectivo com um ambiente considerado “morto”, caracterizado pela fraca presença de alunos, pais e encarregados de educação.
Segundo apurou o Ikweli, quase todos os professores e o corpo diretivo da escola estavam presentes, mas os alunos é que não se predispuseram para ir ouvir como será o ano lectivo.
Além disso, uma boa parte dos alunos presentes, mesmo que consideravelmente atrasados, era do gênero feminino.
Cassimo Ali Natunga, diretor da Escola Secundária de Namicopo, afirmou que, apesar dos desafios enfrentados, que culminaram com o saque de todo o material informático, a direção daquele estabelecimento de ensino está preparada para o início das aulas na próxima terça-feira (4).
Natunga, que não forneceu números exactos de alunos matriculados para o ano letivo de 2025, assegurou que, em termos de preparação, a escola está comprometida.
“Em termos de preparação, estamos aptos para iniciar o ano lectivo. Já matriculamos os alunos de novo ingresso e também aqueles que se atrasaram para a inscrição no ano passado. Eles acabaram se inscrevendo no início deste ano. Neste momento, já formamos as turmas e estamos elaborando os horários. Acredito que até terça-feira, no dia do arranque das aulas, estaremos prontos para iniciar”, afirmou.
Cassimo Natunga, também, ressaltou que, apesar da situação actual, provocada pela crise pós-eleitoral, a Escola Secundária de Namicopo prevê a formação de 42 turmas no curso diurno e 16 turmas no nocturno.
“Estamos em condições de arrancar com as aulas, porque felizmente a nossa escola não teve carteiras queimadas nem quadro de escrever destruídos. As dificuldades que enfrentaremos serão nos sectores, pois estamos voltando à idade média, tendo que fazer tudo de forma manuscrita. Não temos nenhum computador nem impressora de momento, pois tudo foi roubado”, concluiu. (Malito João)