Nampula (IKWELI) – O mercado grossista do Waresta, o maior e mais importante do norte de Moçambique, encontra-se “coberto” de lama e lixo, que não é removido há mais de dois meses pela edilidade.
O vereador do pelouro de Salubridade, Higiene e Gestão Funerária, Assane Ussene, teria afirmando, em entrevista recente, que a edilidade tinha dificuldades em remover resíduos sólidos na cidade por conta das manifestações, tanto é que tinha parte do seu equipamento vandalizado.
No Waresta, os vendedores contam que tem sido difícil exercer as suas actividades comerciais, devido a situação, pois o lixo agravou-se com a lama que tem estado a condicionar a livre circulação de pessoas e bens.
Batista Mário, vendedor de ananás, naquele mercado, conta que “a situação de lixo aqui está muito péssima, vendemos arrasca, porque não há recolha de lixo aqui no mercado, desde que começou a manifestação, mas não temos onde parar, continuamos aqui a vender, porque queremos ganhar alguma coisa. Por causa do lixo, corremos o risco de contrair doenças, o pior de tudo, os nossos clientes já não querem comprar”.
Por outro lado, Mussa Artur, outro vendedor de ananás naquele mercado, lança culpa para o governo municipal, na autarquia da cidade de Nampula, por não fazer a recolha de resíduos sólidos como deve ser. “Na verdade, a situação de lixo está complicada, porque já estamos a conviver com isso há 4 meses, eles apenas apareceram no mês de Setembro do ano passado e tiraram uma vez e foram-se embora, então com essa queda de chuvas a situação piorou, nem para a gente passar tem sido muito difícil por conta da lama e do lixo.”
António Francisco, vendedor de banana, acrescentou que “diariamente somos obrigados a pagar taxas diárias no valor de 10,00Mt (dez meticais), mas o nosso conselho [autárquico] não consegue remover o lixo, o motivo não sabemos, assim não temos como não viver, porque dependemos do mesmo daqui para sobreviver”. (Atija Chá)
