Nampula (IKWELI) – O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), em Nampula, recolheu para as suas celas e apresentou publicamente na manhã desta quarta-feira (20) dezasseis indivíduos pertencentes a duas quadrilhas de assaltantes, consideradas perigosas, que actuavam em agências bancárias um pouco por toda a província.
Segundo Enina Tsinine, porta-voz do SENIRNIC em Nampula, a quadrilha denominada por “Grupo – 15” vinha fazendo assaltos em diversas áreas na cidade de Nampula, bem como nos distritos.
“Temos a apresentar vários casos criminais, começando com uma quadrilha famosa de quinze que vem fazendo assaltos na província de Nampula, desde o princípio do ano. Primeiro fizemos a detenção dos indivíduos que se encontram do nosso lado esquerdo que são em número de dez, o décimo segundo está internado no hospital, porque foi alvejado. Estes teriam assaltado no Access Bank Mozambique um cidadão que pretendia depositar os seus valores estimados em dois milhões de meticais e no Millennium BIM um valor de um milhão e cem mil meticais”, explica Tsinine.
Para além desta acção, a mesma quadrilha teria perpetrado assaltos em bombas de combustível no distrito de Meconta, onde furtaram um telemóvel e um valor acima de 160.000,00Mt (cento e sessenta mil meticais), “para além desse assalto, a mesma quadrilha escalou uma casa na cidade de Nampula onde agrediu fisicamente o proprietário, tendo amputado alguns dedos do membro superior para além de ter subtraído um valor 155.000,00Mt (cento e cinquenta mil meticais). A mesma quadrilha é composta por outros elementos que depois da fuga do responsável foram detidos e no âmbito da perseguição de outros arguidos, teriam escapulido e foram formar outro grupo de assaltantes e pretendia assaltar no distrito de Mogincual onde, prontamente, o SERNIC teve informações e abordou a missão e a detenção dos integrantes”.
Com lágrimas no fundo dos olhos, um dos indiciados da quadrilha, por sinal filho do saudoso humorista Mukhussakame, diz não saber nada sobre a sua detenção e afirma que não conhece ninguém daquele grupo de malfeitores e que “somente fui encontrado no tempo errado e na hora errada, eu não sei de onde veio esse azar, fui simplesmente confundido”.
Outro acusado, conta que participou na acção porque teria sido convidado e não conseguiu resistir, por isso está nas malhas do SERNIC. “Fui ligado no dia 11 para fazer parte de um grupo para ir roubar no bairro 22, chegamos lá por volta das 19 horas e a pessoa que orientava o grupo estava desligado e voltamos para casa e dia seguinte alguns foram recolhidos, sem fazer nada e,. pediram para tirar todo material contundente, tirei, por isso estou aqui”.
Refira-se que a quadrilha é composta por dois grupos, onde uns assaltam residências e outros agências bancárias, sendo que num passado recente teriam assaltado um cidadão que pretendia depositar o seu valor numa das agências bancárias num valor estimado em mais de três milhões de meticais. (Malito João)
