Adolescente morre após tentativa de aborto em Nampula

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Nampula (IKWELI) – Os abortos inseguros continuam sendo uma preocupação na província de Nampula, e na sua capital há relatos de mulheres, sobretudo raparigas, que perdem a vida por conta de não aderirem a prática de forma legal.

Para eliminar a perda de vidas humanas por conta da prática insegura do aborto, Moçambique legalizou o aborto, sendo que pode ele ser feito por um profissional qualificado e em instituição acredita para o efeito.

Contudo, a aderência não tem sido fácil para alguns seguimentos, tanto é que há relatos de vítimas mortais por aderirem a práticas inseguras, tal como aconteceu, recentemente, com uma adolescente, de 17 anos de idade, que perdeu a vida no bairro de Napipine.

A rapariga optou por um aborto porque o jovem que a engravidou não quis assumir a gravidez, tanto é que, também, a ameaçou não assumir a criança e terminou a relação.

“Ela ficou grávida no mês de Setembro do ano passado, 2023, e descobriu no segundo mês de gestação. Seu parceiro propôs o aborto, primeiramente a vítima recusou, e depois de tanta insistência da parte do parceiro, ela acabou aceitando a proposta, e no meio do mês de Dezembro dirigiu-se a uma farmácia e comprou os medicamentos para o procedimento de aborto”, conta uma das irmãs da malograda, a qual prossegue explicando que a sua irmã dias depois de ingerir a medicação começou a sentir dores fortes. “Ela dizia que era simplesmente uma dor de barriga, até que na oitava semana, começou com convulsões, vómitos e febres. Depois das coisas agravarem-se, ela contou a verdade, porém era tarde demais porque já tinham dado quartem para a vítima pensando que fosse malaria, acabou perdendo a vida a caminho do hospital”.

A mãe desta adolescente falecida disse que ficou surpresa, pois sempre entendeu que a filha estivesse com cólicas, pela intensidade da dor que a acamava.

“Nunca pensei que perderia a minha filha desse jeito, estou muito triste e desanimada não sei se um dia vou superar isso, quando saí para uma viagem deixei ela acamada, mas não era nada grave, mas quando voltei ela estava grave, infelizmente perdemo-la”, comenta a mãe.

Esta família, que pediu para não ser identificada, apela as raparigas para que não optem nunca pelo aborto inseguro, sob pena de perderem a vida. (Ruth Lemax)

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