Mesmo com um posto policial nas redondezas: “G-15” não dá tréguas aos vendedores informais na padaria Nampula

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Nampula (IKWELI) – Os vendedores informais nas imediações da padaria Nampula, ao longo da avenida do Trabalho, assim como do lado da passagem do nível que dá acesso a rua dom Manuel Vieira Pinto, vivem dias de terror, por conta das acções do famigerado grupo de meliantes denominado “grupo-15” ou simplesmente “G-15”.

Não muito distante deste local, fica um posto policial da Polícia da República de Moçambique (PRM), mas que é desafiado pelos malfeitores.

Vendedor de calçados no local, Nelinho Júlio Fernando narra que “tenho visto algumas pessoas a serem agredidas por esses criminosos, mas não está a ser fácil acudir, porque eles ficam armados com catana, faca, lamina, alicate e até sacos”.

Segundo esta fonte, as investidas do “G-15” começam quando o dia se põe, especialmente a partir das 18h, “porque sabem que há muito movimento de pessoas, visto que saem do serviço e nós que somos vendedores, quando arrumamos nossas mercadorias, para regressar a casa, eles aproveitam só para sujar os nossos nomes na visão dos clientes”.

Testemunho igual colhemos de Armando Mussa, que vende ambulatoriamente kits de produtos de higiene naquele ponto. “O mais preocupante é que temos um posto policial bem perto, mas os agentes da polícia não vêm fazer vigilância e eles têm conhecimento do caso, eu acredito que a maior parte desses criminosos, eles conhecem”.

Como forma de combater a situação, os vendedores ambulantes chamam atenção as autoridades competentes a intervirem face a problemática, no sentido de tirar a população em geral nas mãos alheias. 

“Peço que as autoridades competentes venham resolver esta situação, porque para além de nós que somos vendedores ambulantes sermos as vítimas, também as pessoas que passam por esta via são agredidas. Recentemente, tivemos registo de um corpo sem vida aqui na linha féria, que até agora não se sabe quem foi o autor, porque esses agentes da polícia não investigam”, disse um vendedor ao Ikweli.

Entretanto, a PRM diz que a própria população não colabora, pois nunca denuncia estes casos, tal como disse a porta-voz da corporação, Rosa Nilza Chaúque.

“O nosso maior problema é que a população quando regista tais casos de criminalidade, não faz chegar a nós, assim torna difícil a gente resolver. Temos um posto policial fixo na padaria Nampula, que é para resolver questões do género naquela área e temos tido patrulhas frequentes”, afirma Chaúque. (Virgínia Emília)

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