Nampula (IKWELI) – Tamison Francisco, membro do Conselho Nacional da Organização Nacional de Professores (ONP) em Nampula, considera que a insuficiência de salas de aula está a impedir a materialização da qualidade de ensino e aprendizagem no país.
Para mudar o cenário, Francisco defende a aplicação de políticas sérias a curto e médio prazos para a construção acelerada de salas, tanto nas zonas rurais como na cidade.
“Temos problemas de construção de salas de aulas, mesmo assim não paramos de trabalhar e continuamos a exigir a quem é de direito a construção das mesmas. Neste momento, constatamos várias crianças a terem aulas ao relento, o que muitas vezes distrai o aluno e compromete a qualidade de ensino”.
O sindicalista reconhece o contributo dos pais e encarregados de educação na participação em programas e iniciativas, visando minimizar a falta de salas de aulas.
No entanto, a fonte recordou que a qualidade de ensino não deve ser vista como um assunto exclusivo do sector de educação, pois “um dos maiores desafios actuais é a qualidade de ensino, porém, não pode ser apenas vista como um elemento exclusivo do sector da educação como governo, mas também deve ser compartilhado com a sociedade moçambicana”.
Aquele membro da ONP que falava ao Ikweli por ocasião do dia dos professores celebrado no sábado (12), defendeu igualmente a revisão do currículo para acompanhar os desafios da sociedade na actualidade.
Por outro lado, o director dos Serviços Distritais de Educação, Juventude e Tecnologia em Nampula, Silvério Omar, reconhece que o rácio aluno-professor ainda constitui desafio ao governo. “O número da população tende de a aumentar e para combater o rácio aluno-professor, necessitamos da contratação de, pelo menos, 300 professores a nível do distrito de Nampula, apesar deste problema verificar-se em outros distritos da província”. (Nelsa Momade)