Nampula (IKWELI) – Os operadores de táxi de mota na cidade de Nampula, maior centro urbano do norte de Moçambique, dizem que não se sentem confortáveis com a taxa de actividade diária imposta pela edilidade e cobrada pela Associação dos Voluntários e Orientação dos Mototaxistas (AVOTANA) que, num futuro breve, deverá ser-lhes cobrada.
Diariamente, estes actores económicos devem contribuir com 10,00Mt (dez meticais) das suas receitas, valor que, a posterior, deverá ser repartido entre o conselho autárquico da cidade de Nampula e a AVOTANA.
“Não vou conseguir fazer pagamentos de taxas diárias de 10 meticais, porque sou a única fonte de renda para minha família e meus filhos dependem 100% de mim”, comenta o mototaxistas Cornélio Guilherme, que tem o ponto da Petrona como a sua praça.
Esmildo, outro taxista da mesma praça, também, discorda desta medida, anotando que “pedimos que AVOTANA para diminuir esse valor”.
Ainda indisposto com a medida, esta fonte reconhece que “entendemos que é para o nosso bem, mas também pedimos que o governo olhe por nós e nos ajude também. 10,00Mt diariamente é muito para nós”, sugerindo que este montante seja cobrado pelo período de, pelo menos, uma semana.
Não é somente esta taxa que preocupa os mototaxistas, como também a taxa anual de licenciamento, tal como comentou Emílio Jossias. “Pedimos, igualmente, que diminuam o valor da licença”.
Actualmente, a taxa anual de licenciamento para a actividade de moto-táxi está fixada em 2.500,00Mt (dois mil e quinhentos meticais).
Hélder, um taxista que tem a sua praça nas imediações do campus universitário da UniRovuma (Universidade Rovuma), em Napipine, diz que a taxa é alta, pois, semanalmente, deverá tirar da sua receita 70,00mt (setenta meticais), o que não o conforta.
“Apesar de não nos terem cobrado até agora achamos que este valor será muito para nós. Pedimos que a AVOTANA nos ajude a resolver esse problema, porque para nós é muito, principalmente aos pais desempregados que tem filhos”, comentou o taxista Nelson.
O vereador do pelouro de Transporte e Comunicações no conselho autárquico da cidade de Nampula, Carlos Furumula, explica ser necessário a contribuição de todos para a melhoria das condições de vida na autarquia. (Ruth Lemax)