Nampula regista mais de 300 casos de diarreia em um mês

  • A maioria são os deslocados da guerra de Cabo Delgado

 Nampula (IKWELI) – Com o início da época chuvosa, as doenças de origem hídrica começam a preocupar as autoridades da saúde em Nampula, a mais populosa província do país que já registou pouco mais de 300 casos até ontem, quinta-feira (7).

De acordo com o Dr. Geraldino Avalinho, chefe do Departamento de Saúde Pública nos Serviços Provinciais de Saúde de Nampula, a maioria dos casos foi registada em deslocados da guerra de Cabo Delgado que se refugiaram naquele ponto do país.

A fonte assegura que os casos estão sendo registados há um mês, e os distritos afectados são os de Memba, Eráti, Meconta e Monapo.

Avalinho explica, ainda, que odistrito de Meconta é que tem maior número de casos, ao apresentar um cumulativo de 157 casos que já foram tratados, dos quais 12 que se encontram internados no Centro de Tratamento de Diarreia (CTD). A seguir é o distrito de Eráti, com um total de 133 casos cumulativos, onde um é que se encontra em tratamento.

Na terceira escala faz-se referência ao distrito costeiro de Memba, que conta com um cumulativo de 40 casos sem, no entanto, ter casos em tratamento. E 12 casos, dos quais dois estão internados no Centro de Tratamento de Diarreia, são os números que representam o distrito de Monapo nesta senda da eclosão de doenças de origem hídrica.

“Na nossa província já temos quatro distritos que estão com surto de diarreia, claro que não são números muito assustadores, mas representam um sinal de chamada de atenção, pese embora os casos estejam a ser notificados em cerca de 95 por cento de cidadãos deslocados de guerra de Cabo Delgado acolhidos nesta região”, anotou o Dr. Geraldino Avalinho.

A nossa fonte sublinhou que tratasse de casos importados da província de Cabo Delgado, o que não deixa de ser uma ameaça na medida em que pode se alastrar devido aos contactos directos que estes cidadãos mantêm com a população nativa, e a partilha de recursos, como fontes de água.

“Nós temos equipas de vigilância nesses distritos de maneiras que possa controlar a cadeia de transmissão e, ao nível da cidade, trabalhamos em colaboração com o Instituto de Comunicação Social no sentido de transmitir informações que visam controlar a propagação de doenças de origem hídrica, estes estão a desencorajar a prática de fecalismo a céu aberto, sobretudo, nos bairros mais propensos. Igualmente, estamos preparados em relação à alocação de soro, cama e tudo quanto é material necessário para fazer gestão ao surdo”, concluiu a fonte. (Esmeraldo Boquisse)

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