Angoche (IKWELI) – O cabeça-de-lista do partido Acção de Movimento Unido para Salvação Integral (AMUSI), Santos Almeida, promete a construção de salas de aulas equipadas de carteiras para motivar os alunos e professores da Escola Primária Completa de Muolouana.
A comunidade de Muolouana, zona também conhecida por Henriques Neves, em homenagem a um português que residia na região, está localizada no posto administrativo de Namitória, no distrito de Angoche, estando atravessada pela estrada que liga Boila (Angoche) a Larde e Moma, no extremo sul da província de Nampula.
A única escola existente em Muolouana lecciona aulas da 1ª a 6ª classe do sistema nacional de educação, cujas salas estão construídas de material não convencional, graças ao esforço da comunidade local. Actualmente as salas encontram-se em avançado estado de degradação, ameaçando a integridade física de alunos e professores.
A semelhança de outros estabelecimentos de ensino em algumas comunidades da província de Nampula e do país em geral, as salas da EPC de Muolouana estão desprovidas de carteiras, e para evitar que os alunos sentem directamente no chão, os alunos de Muolouana sentam-se nos troncos das árvores mobilizados por pais e encarregados de educação.
Para mais uma acção de caça ao voto, Santos Almeida, escalou a região e, mais uma vez, ficou comovido com o cenário. Um dos concorrentes ao cargo de governador de Nampula, voltou a descrever aquele tipo de salas de aula como um autêntico abandono do governo para com o seu povo movido por aquilo que chamou desprezo ao povo nampulense.
Para reverter a situação, Santos Almeida assegurou aos moradores daquela parcela da província de Nampula que, se vencer as eleições do próximo dia 9 de Outubro do ano em curso, vai construir salas de aulas dignas logo no seu primeiro ano de governação.
“Sempre falei, não podemos permitir este tipo de desprezo. Isto não é normal, mas como é possível. Com estes troncos que puseram aqui nas salas, será mesmo que o governo não sabe que representa perigo para as crianças? Até quando com esta forma de tratar aos nampulenses?”, questionou Santos Almeida, repetidas vezes, apesar de não ter a devida resposta.
“Se o AMUSI vencer essas eleições vamos acabar com estas brincadeiras, vamos construir aqui uma escola de raiz para os nossos filhos aprender melhor. Veja só esta parede já está a abanar, a qualquer momento pode cair, imagine desabar enquanto os alunos estiverem aqui dentro…”, continuou.
Ainda na zona de Muolouana, Santos Almeida garante construir uma ponte de raiz sobre um rio que passa na região, em substituição de uma construída na era colonial, mas que está em avançado estado de degradação.
“O quê mesmo custa ao governo reconstruir esta ponte? Veja que nesta estrada passam muitos carros que vão na empresa mineradora lá em Moma e Larde. Eu sei que essas empresas têm tirado dinheiro no âmbito do seu compromisso social, mas o governo simplesmente transfere esses fundos para as províncias de origem dos partidos e não se preocupa com a vida dos nampulenses, porque se se preocupassem estariam a fazer coisas melhores para a população desta província. Nampulenses, chegou a hora de acordarem, vamos votar no partido AMUSI para fazermos boas coisas para a nossa população. Esta ponte eu vou partir e construir outras, porque desta forma não”, alegou.
O cabeça-de-lista do AMUSI também doou dinheiro, num valor que não conseguimos apurar, destinado para a construção de um mercado para impulsionar a actividade comercial local. É que os jovens de Muolouana, comercializam seus produtos, maior parte de origem agrícola, por baixo de uma mangueira mesmo nas bermas da estrada, sob sérios perigos.
Aliás, enquanto Santos Almeida fazia promessas de construção de um mercado, eis que estava passando uma pá escavadora que, de maneira não propositada, destruiu um dos ramos que produzia sombra no referido mercado.
Em Angoche, o cabeça-de-lista do AMUSI também pediu voto na zona de Marcação, Aube e em Namaponda. (Constantino Henriques, em Angoche)