Nampula (IKWELI) – Um agente da Polícia de Trânsito (PT), afecto ao comando provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM), em Nampula, está nas celas desde semana passada, indiciado de cometer crimes de corrupção passiva, durante o exercício das suas actividades em plena via pública, na cidade de Nampula.
Especificamente, tudo aconteceu no passado dia 28 de agosto último, quando o referido agente da PT interpelou um motorista que se fazia circular sem observância do código de estrada, ao longo da avenida do Trabalho, na zona da Sipal.
Depois de interpelar ao referido motorista, o policial levou a carta de condução para além de lhe ter aplicado uma multa de 4.000,00Mt (quatro mil meticais).
Entretanto, para anular a multa e restituir a carta de condução, no local, o agente da polícia de trânsito exigiu ao motorista o pagamento de 500,00Mt (quinhentos meticais), um acto ilícito, a luz das leis vigentes no país.
Após o acontecimento, o motorista foi denunciar o caso no Gabinete Provincial de Combate a Corrupção por onde, prontamente saiu uma equipa que tratou por neutralizar o agente que neste momento está nas celas das subunidades polícias da cidade de Nampula.
“Face à gravidade dos factos e à existência de fortes indícios de prática de crime de corrupção passiva para acto ilícito, foi instaurado o processo nº 118/0301/P/GPCCNPL/2025. O arguido, em situação de prisão, já foi apresentado ao Juiz de instrução Criminal para o competente interrogatório judicial,” refere um documento do Gabinete Provincial de Combate a Corrupção de Nampula (GPCC-NPL).
“O Gabinete Provincial de Combate a Corrupção de Nampula reafirma o seu compromisso inabalável de prevenir e combater a corrupção em todas as suas formas, garantindo a integridade das instituições públicas e a confiança dos cidadãos no Estado,” lê-se no mesmo documento do GPCC-NPL
Por outro lado, o Gabinete Provincial de Combate a Corrupção de Nampula exorta os cidadãos a serem implacáveis na denúncia de todo tipo de corrupção, um mal que mina o progresso da província e do país. (Constantino Henriques)