Maputo (IKWELI) – O ministério moçambicano da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER) anunciou, recentemente, que na campanha agrária 2022/2023, a cultura do milho registou uma taxa de crescimento na ordem dos 19%, o que ditou a disponibilidade deste produto no mercado.
Em termos numéricos, na campanha em referência o país atingiu 2 832 494 toneladas de milho, contra 2 382 511 da campanha anterior.
Ainda na classe dos cereais, o crescimento na produção do arroz não foi para além dos 5%, tendo sido obtidas 256 928 toneladas, contra 245 792 da campanha passada.
A produção dos feijões foi, também, de grande realce, tendo registado um aumento em 25%, com 567 356 toneladas, contra 452 902 toneladas da campanha 2021/2022. O amendoim teve um aumento de produção em 38%, com 154 742 toneladas.
A classe das oleaginosas teve, também, um desempenho de realce, ao registar uma taxa de crescimento na ordem dos 31%.
Para a campanha em análise, a área semeada foi de cerca de 5 970 254 hectares, perfazendo um crescimento de cerca de 2,1% face a campanha passada. A área da produção ocupou cerca de 17% da área agrícola potencial do país, de cerca de 36 milhões de hectares, onde os cereais e as leguminosas, principais culturas de segurança alimentar, representam cerca de 41% e 14% da área cultivada, respectivamente.
O impacto das adversidades climatéricas, com destaque para o Ciclone Freddy e inundações, resultou na perda de 376 371 hectares (6% da área semeada), de cerca de 722 000 hectares afectados, e um total de 510 459 produtores afectados.
Por outro lado, o acesso aos serviços de extensão teve um crescimento na ordem dos 30% em 2023, vindo de uma taxa de 21.3% em 2022 e 9.9% em 2021.
A integração de famílias no fomento agrícola registou um crescimento exponencial no programa SUSTENTA, fixando em 316 235 na campanha 2022/2023, contra 139 247 na campanha anterior, mas no algodão a coisa não esteve tão bem, pois reduziu o número de famílias que praticam a cultura de 144 221 na campanha 2021/2022 para 134 258 na campanha 2022/2023. Quanto ao tabaco, também, houve redução dos praticantes, caindo dos 110 542 na campanha 2021/2022 para 95 000 na campanha 2022/2023.
Quanto a Fitossanidade, no período em análise, as pragas mais comuns foram a lagarta do funil de milho (20 526ha), gafanhoto elegante (309ha), lagarta invasora (7.5ha) e besouro (919ha), que afectaram uma área de cerca de 163.270ha.
No que se refere a sanidade animal, foram reportados 366 focos de doenças, nomeadamente: Fasciolose (22%), Tuberculose (21%), Doenças Transmitidas por Carraças (14%), Equinococose (10%), Stilesia Hepática com 9% Dermatose Nodular (7%), Febre Aftosa (4%), Newcastle (3%) e Peste Suína Africana (3%). (Redação)