Marracuene (IKWELI) – O governador de Nampula, Eduardo Mariamo Abdula, disse, ao fim da tarde desta quinta-feira (28), que a província que dirige dispõe de todas as condições para alcançar o desenvolvimento desejado, por isso reafirma-se como um dos motores económicos de Moçambique.
“Nesta edição da FACIM, Nampula reafirma-se como um dos motores económicos de Moçambique e convida todos os parceiros – nacionais e internacionais – a descobrirem as suas potencialidades, explorarem novas oportunidades de investimento e unirem-se na construção de um desenvolvimento sustentável e partilhado,” disse.
Abdula recordou que “a província de Nampula é a mais populosa do país com, cerca de 7 Milhões de habitantes, que correspondem a 20% da população nacional, com uma taxa de crescimento anual de 2,4%,” por isso servir a esta população é uma missão acrescida.
Segundo o governante, esta população está distribuída em 81,6mil Km², 23 Distritos, 8 Municípios, 63 Postos Administrativos e 136 Localidades com uma densidade Populacional de 83 hab/km2.
Fora disso, o governador explicou aos investidores que Nampula dispõe de potenciais em áreas como a agricultura, florestas, pescas, turismo e recursos minerais, incluindo hídricos.
No potencial agrícola e florestal, Abdula recordou que “estamos localizados numa das melhores zonas agro-ecológicas, o que nos permite produzir uma grande variedade de culturas, como algodão, Gergelim, Soja, Castanha de Caju, tabaco, Amendoim, mandioca, Arroz, milho, feijões, hortícolas e frutas, com uma área arável de 4,7 Milhões de Hectares,” e ainda “dispõe de vastas áreas de vegetação nativa e espécies comerciais de alto valor económico. Actualmente com mais de 2,3 Milhões de Hectares de Floresta dos quais 270 em concessão florestal.”
Para as pescas, Nampula gaba-se de possuir “460 Km de linha de costa,” com uma “abundância de recursos marinhos e de águas interiores, incluindo espécies de alto valor comercial como peixes, crustáceos, moluscos, cefalópodes e algas marinhas, entre outros, como também condições para a prática da aquacultura e da pesca semi-industrial.”
A disponibilidade do potencial turístico é tido, basicamente, como ainda subexplorado, o mesmo que “combina riquezas naturais, históricas e culturais únicas no contexto moçambicano, com praias de águas cristalinas tropicais, como as da zona costeira de Memba, Nacala, Mossuril e Angoche, os trilhos ecológicos das montanhas de Ribáuè e os sítios arqueológicos e culturais.”
Nos recursos minerais, o governador disse que “a província é rica em minerais como ouro, grafite, calcário, areias pesadas, quartzo, turmalinas, granadas, mica e outros minérios estratégicos.”
O outro recurso que Nampula assegura é o potencial hídrico, “com uma vasta rede de rios perenes, nascentes e aquíferos subterrâneos, a província dispõe de recursos hídricos essenciais para o abastecimento de água potável, irrigação agrícola, aquacultura e geração de energia em pequena escala. Bacias hidrográficas como as dos rios Lúrio, Monapo e Melúli têm um papel vital na segurança hídrica da região.”
Para investir, o governador convidou aos interessados para terem em conta nas infra-estruturas, como estradas, energia, água, parques industriais e polos logísticos, bem como a centralidade para a produção de arroz e frutas, produção de frango e pescado diverso.
No turismo, o convite foi feito para a exploração do turismo de sol e praia, ecoturismo, cultural e náutico.
“Vamos lá investir na agricultura e no agronegócio. Temos condições para receber o investimento. Gostaríamos de convidar aos investidores e todos os interessados em virmos discutir em Nampula sobre a agricultura e o agronegócio,” precisou Abdula.
Mais adiante o governador de Nampula anotou que “precisamos de investimentos na área de infra-estruturas, estradas, pontes, mas volto a dizer: vamos investir na agricultura. Investir na agricultura estamos a dizer vamos empregar aos jovens.” (Redação)