Nampula (IKWELI) – Jovens na capital do Norte, cidade de Nampula, dizem que a sua inscrição no curso básico da Polícia da República de Moçambique (PRM), lançado a 12 de agosto corrente, têm como âncora a falta de oportunidades de emprego que tem vindo a assolar esta camada social.
O ambiente vivido na cidade de Nampula é de um aparato anormal, enquanto uns visitam instituições bancárias para efectuar depósitos, outros ainda encontram-se na fase primária, conferir os requisitos nos editais colados defronte do comando provincial de Nampula.
Jackson Manuel, um dos jovens que encontrava-se na multidão que tentava a todo custo ver os requisitos que constam dos editais, foi sintético e claro, afirmando que “estou aqui para aproveitar uma oportunidade, nunca foi meu sonho.”
Outro jovem é Tito António Alegria Manuel, quem logo que ouviu a notícia das 4000 mil vagas foi tomado pela ansiedade de ver o edital para lançar sua candidatura. “Quando ouvi falar das vagas, queria ver o edital para me inscrever,” disse.
Mas apesar da ansiedade, Tito conta que encontra-se céptico sobre a sua entrada devido a corrupção que caracterizou os processos anteriores. “Sei que não é fácil, mas prometo fazer de tudo, os requisitos que estão ali não são fáceis, mas vou tentar.”
Lúcia Feijão é uma das jovens que prefere colocar fé no processo do presente ano, pois “acredito que este ano terei boa justiça.”
Vanessa Gabriel, que é a segunda vez que tenta “a sorte” de ingressar às fileiras da PRM, garante que desta vez não irá falhar “sempre foi meu sonho, já tentei uma vez não consegui, este ano acredito que irei sim conseguir, então vim aqui para ver os editais.”
O 44⁰ curso da Polícia da República de Moçambique vai iniciar em janeiro de 2026, com duração de 9 meses, e a província de Nampula conta com um total de 10,9%. (Felismina Maposse)