Nampula (IKWELI) – Pelo menos 10 indivíduos, com idades que variam entre 20 e 28 anos de idade, estão a ver o sol aos quadradinhos das celas da 3ª Esquadra da Polícia de República de Moçambique (PRM), na cidade de Nampula, província moçambicana com o mesmo nome, indiciados de roubo agravado em grandes estabelecimentos comerciais e na via pública.
Os indiciados foram apresentados na manhã desta quarta-feira (10), pela porta-voz da PRM, em Nampula, Rosa Chaúque, a qual explicou que foi possível a detenção dos indivíduos durante mais uma acção operativa da corporação.
“Estamos perante um grupo que de forma sistemática tem se dedicado a diferentes casos criminais, no bairro de Natikiri e Murrapaniua, têm se dedicado ao tipo legal de crime de roubo agravado na via pública em estabelecimentos comerciais, na venda e consumo de drogas, foram interpelados a arrombar um dos estabelecimentos comerciais, onde se introduziram no interior, tendo subtraído vários bens, e na posse dos mesmos foram encontrados vários objetos contundentes que usam na prática dos seus crimes.”
Um dos 10 indivíduos detidos, de 37 anos de idade, natural do distrito de Mecubúri, província de Nampula, confessa fazer parte de acções criminosas há seis meses. “Estou aqui porque arrombei uma mercearia no bairro de Natikiri, saí de noite, eu e o meu comparsa, fomos até essa mercearia, arrombamos o cadeado com ferro e levamos os bens que a gente queria. Fomos a casa da minha irmã para pedir um valor para viajarmos, só que nos encontraram lá, na verdade o que me leva a fazer isso, é que já fiz a 12ª classe, mas não tenho oportunidades de emprego, mesmo metendo documentos, então como sou casado e tenho filhos, faço esse tipo de trabalho para sustentar os meus filhos. Assim estou arrependido porque não sei o que neste momento os meus filhos estão a comer.”
Outro indiciado, de 25 anos de idade, precisou que fuma “e leio bíblia para não praticar coisas erradas, não fazer mal as pessoas, e quando não leio a bíblia a minha consciência altera-se e as drogas consigo sinto-me um fantasma e espião.” (Virgínia Emília)