Terroristas voltam a soar alarme no distrito de Nangade

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Pemba (IKWELI) – Depois de alguns meses sem registo de circulação de terroristas ao nível do distrito nortenho de Nangade, na província de Cabo Delgado, a região voltou, nos últimos dias, ao clima de medo e preocupação, obrigando algumas famílias a refugiar-se mais outra vez na vila sede e ao distrito de Mueda.

Em causa está a circulação de um grupo de terroristas em algumas comunidades, que não só compromete a segurança da população, como também as actividades agrícolas e a comercialização da castanha de caju.

Um correspondente local do Ikweli, precisou que os malfeitores usam uma estratégia para evitar as Forças de Defesa e Segurança (FDS) afectos naquele distrito que, com o apoio da força local, têm estado a garantir a estabilidade da população.

“Até então tudo estava calmo e as pessoas se faziam às suas machambas, mas estes dias não, algumas pessoas até já se deslocaram para aqui e alguns compradores de castanha estão preocupados”, disse.

A nossa fonte acrescenta que não se sabe se o grupo terrorista que estes dias circula pelas aldeias de Nangade seja novo ou faz parte daqueles que há quase duas semanas fugiram das operações das Forças em Quiterajo, distrito de Macomia, passando por Awasse, Mumu e Mitope.

Terroristas também tentaram atacar Miangaleua

Na noite do dia 4 de novembro corrente, um outro grupo escalou a localidade de Miangaleua, no distrito de Muidumbe, com disparos para dispersar os residentes locais, mas de acordo com nossas fontes, a acção foi frustrada pelos membros da força local.

Contudo, os nossos informantes realçam que há frequentes movimentações daquele grupo ao longo do rio Messalo e nos últimos dias, além de Miangaleua, causaram instabilidade nas aldeias de Mapate e Mandela. A procura de comida é, alegadamente, a razão das frequentes presenças ao longo do rio Messalo.

Intensificação do uso de explosivos

De acordo com o último relatório do Projeto de Monitoria da Violência Armada no norte do país, Cabo Ligado da ACLED, os terroristas têm intensificado o uso de explosivos nas suas incursões, sobretudo para se livrarem da perseguição pelas tropas ruandesas e moçambicanas, mas também usam as minas contra civis.

Este mesmo relatório, refere que o Estado Islâmico reivindicou mais uma emboscada contra as FDS nas aldeias Manica e Napala, no posto administrativo de Mucojo em Macomia.

Na semana passada, conforme apurou o nosso jornal, uma viatura de transporte de passageiros que fazia trajecto Mbau à Mocímboa da Praia, accionou uma mina, muito próximo de Chinda, deixando dois mortos e vários feridos. (Redacção)

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