Nampula (IKWELI) – Para participação efectiva da mulher no processo da promoção da paz e reconciliação nacional, o Instituto para Democracia Multipartidária (IMD) promoveu na manhã desta terça-feira (18) uma capacitação regional na cidade de Nampula, onde aquele grupo procura estar mais envolvido no processo de pacificação do país.
Segundo Elisa Muianga, Assessora do Género no IMD, a formação enquadra-se no âmbito do Movimento Mulher e Paz, onde o pano de fundo é dotar de conhecimento sólidos a camada feminina para que possa participar nas suas comunidades na prevenção e mitigação de conflitos.
“Nós sabemos que as mulheres são dotadas desta capacidade de amainar conflitos mesmo a partir de casa, são seus filhos, maridos, elas têm essa prerrogativa de poder trabalhar com as pessoas a partir das suas comunidades, no sentido de promover mais diálogo evitar que haja conflitos, então é nessa perspectiva, nós como mulheres paz em movimento pretendemos capacitar essas mulheres no sentido de dotar de ferramentas de como é que devem intervir ao nível das suas comunidades usando as plataformas existentes nas comunidades para elas poderem, também, contribuir e participar na prevenção e gestão de conflitos”.
Muianga disse que a formação acontece numa altura em que o país vive um momento de muita tensão da crise pós-eleitoral, que influenciou na perca de dezenas de pessoas.
“Vem mesmo a calhar essa formação, porque nós estamos a viver momentos de muita tensão, de muita falta de confiança, nós podemos dizer que a paz neste momento encontra-se ameaçada e neste momento que são chamadas todas forças vivas para puderem trabalhar no sentido de evitar que aconteça esses conflitos e as mulheres têm, também, alguma coisa a dizer promovendo mais diálogo, maior coesão social maior participação de todos e promover o clima de paz”.
Sobre o diálogo em curso, a assessora do género no IMD, acredita que a mulher precisa mais espaço para fazer o seu contributo, “no sentido de promover a cultura de diálogo de forma participativa, está se a trabalhar através de diferentes associações, em termos mais formais se calhar nós ainda não aparecemos mais, está um trabalho sendo feito ao nível das comunidades”.
Ornélia Samuel Ordem, coordenadora de direitos humanos (DH) ao nível do distrito de Rapale, disse que é eficaz numa altura o clamor pela paz é uma problemática comum. “Todos sabemos que a situação que o nosso país se encontra e são momentos de muitos desafios e a nossa luta, nós como mulheres, está mais ligada na promoção da paz, por isso que o IMD preferiu juntar as mulheres da região norte do país durante três dias para podermos debater a essa deste pacote da paz”. (Malito João)