Nampula (IKWELI) – Engana-se quem pensa que viver no centro de uma cidade, como a mais importante do norte de Moçambique, seja um mimo, privilegio ou uma questão de elite.
Circular pelas ruas e avenidas do centro da cidade de Nampula virou um autêntico martírio, porque nem sequer dá para andar e ganhar o dia, cumprir as agendas e ainda poder divertir-se.
O facto é que os buracos tomaram a cidade de Nampula, colocando um gasto a mais nos cidadãos que utilizam viaturas e motorizadas, como também há complicação para os peões, porque, em alguns casos, disputam os passeios com os motociclistas.
Da edilidade, há uma canção. A ideia de que as intervenções devem ser mesmo depois das chuvas, mas isso não é novo, tanto é que o actual reinado vai no seu segundo ano de governação, ao que as intervenções dos anos anteriores deviam ter sido sustentáveis e resilientes, para que não fossem as estradas consumidas e destruídas pelas águas sempre que chove.
As resselagens que são feitas no asfalto são de bradar os céus, pois uma nova camada surge, quando colocado o alcatrão, mas quando é uma poeira (areia) que não suporta, sequer, um chuvisco.
Esta situação não agrada aos munícipes, os quais apontam ao autarca local alguma incompetência ou falta de vontade de resolver os problemas. Aliás, a realidade manda dizer que o autarca pouco aparece para satisfazer a quem governa, mostrando total indisposição para servir.
Motorista de “chapa-100” na rota Muhala Expansão/Waresta, via Matadouro, Marcelo António disse que a situação de vias de acesos, sobretudo nos itinerários primários, como é o caso de avenidas e rodovias, estão cada vez mais péssimas por conta de buracos que estão a tirar a beleza da urbe, um factor que igualmente dificulta a execução das suas actividades de forma condigna.
“Os buracos aqui estão a complicar mesmo, isso mostra claramente que não há nenhum compromisso por parte da edilidade em resolver o problema de buracos nas vias públicas. Não estamos a falar nos bairros que se você tentar caminhar de noite podes correr o risco de quebrar pé, aqui a cidade está péssima”, disse, prosseguindo que “por exemplo, essa via de Matadouro envergonha bastante passar com alguém que quer conhecer a cidade pela primeira vez, então essa situação o município deve resolver com máxima urgência e nós estamos a pagar os impostos para isso, ora vejamos que hoje em dia você não trata nenhum documento no município sem antes pagar imposto, então fazem o que com esse dinheiro?”
Sara Aurélio, munícipe, disse que “vimos carros que o município alocou num passado recente aquela é boa iniciativa, mas pensado bem não foi boa decisão porque a primeira coisa seria colocar as vias de acesso em dia, depois alocar os autocarros, então peço ao município para resolver esse problema de vias de acesso, aqui na cidade, quando chove as estradas ficam intransitáveis, porque o município se esqueceu que essas zonas fazem parte da cidade de Nampula sem falar de outros bairros. Aqui dentro da cidade as estradas estragadas, por isso o município deveria se arriscar e resolver esse problema uma vez por todas com material convencional”.
Ramadane Fernando, taxista de mota que actua um pouco por todo centro da cidade de Nampula, conta que em outras vias, sobretudo aquelas que não têm valas de drenagem, parecem um rio seco. “Nós que estamos a fazer essa actividade de táxi, notamos que muitas estradas estão danificadas até que as nossas motorizadas estão sempre a estragar e constantemente mandamos ao mestre e é normal tentar passar uma via e sua motorizada caírem as peças, não no bairro aqui mesmo na estrada da cidade e sentimos-nos muito mal com essa questão e gostaria que esse tipo de situação o município tentasse resolver, pelo menos aqui no centro da cidade, porque nos bairros as vezes a população tenta se virar e encher sacos para diminuir o problema das covas, então o município deve tapar os buracos aqui na cidade, isso é o mínimo que nós exigimos como munícipes”. (Aunício da Silva e Malito João)