Nampula (IKWELI) – Alguns moçambicanos na diáspora manifestam repúdio as acções violentas contra os direitos humanos, perpetrados pela Polícia da República de Moçambique (PRM), com destaque para a Unidade de Intervenção Rápida (UIR).
De acordo com um comunicado em nossa posse, para o movimento da sociedade civil de moçambicanos na diáspora, é inconcebível que num Estado democrático de direito, os cidadãos sejam tratados como criminosos sem adequadas justificações, frisando que “é inaceitável que vários agentes da UIR durante as fases de anúncio de resultados das eleições pelo Comissão Nacional de Eleições e pelo Conselho Constitucional, bem como na fase de tomada de posse dos deputados da Assembleia da República e do Presidente da República, nos dias 13 e 15 de janeiro respetivamente, tenham agredido fisicamente cidadãos moçambicanos que protestavam contra os resultados das eleições devido a visíveis e mediatizadas irregularidades no processo de votação e até a contagem de votos”.
Também, lê-se no comunicado que “a violência policial não é uma solução para os problemas sociais e de segurança que enfrentamos. Pelo contrário, ela perpetua um ciclo de violência e desconfiança, prejudicando especialmente as comunidades mais vulneráveis. É imprevisível que haja uma forma nas instituições, com ênfase na formação e capacitação dos agentes e sobre a importância da defesa e proteção do povo, bem como na implementação de mecanismos de controlo e responsabilização perante actos macabros”.
Por outro lado, o movimento dos moçambicanos na diáspora sugere que as instituições tomem medidas efectivas para cobrir a violência policial e a promoção de abordagem humanizada e respeitosa em relação aos cidadãos, para além da garantia da defesa da vida e dos direitos dos todos indivíduos. (Nelsa Momade)