Venâncio Mondlane diz que não aceita os resultados eleitorais se continuarem os mesmos.

No entanto, mostra-se aberto ao diálogo e disponível para responder qualquer solicitação dos órgãos judiciais em face de alegados processos contra si.

Maputo (Ikweli) – Venâncio Mondlane afirmou nesta quinta-feira (9), em Maputo, que não aceitará os resultados eleitorais caso estes continuem os mesmos.

Após aproximadamente dois meses e meio fora de Moçambique e em local incerto, Mondlane retornou ao país na manhã de hoje (9) e declarou à imprensa que sua volta tem três objetivos principais:

“A minha vinda a Moçambique tem três objetivos. O primeiro é quebrar a narrativa de que o diálogo não tinha a participação do Venâncio porque eu estava fora do país. Apesar de conhecer os motivos que me levaram a estar fora de Paris, eu precisava quebrar essa narrativa de que estou ausente por vontade própria e por iniciativa do diálogo. Estou aqui, em carne e osso, para dizer que, se quiserem negociar, dialogar e ir à mesa de conversações comigo, estou presente, começou por declarar.

Continuando expressou “outro ponto é que percebi que o regime adotou uma estratégia de criar uma espécie de genocídio silencioso. As pessoas estão sendo sequestradas em suas casas e executadas nas matas, e valas comuns com supostos apoiantes do Venâncio Mondlane estão sendo descobertas. Observa-se um crescimento geométrico de assassinatos, e acredito que não posso ficar tranquilo e bem protegido enquanto o povo, que apoia minha candidatura e meus valores, está sendo massacrado. Estou aqui para gritar em defesa desses moçambicanos que estão sendo mortos de qualquer forma”.

E seguiu “o terceiro objetivo é que me disseram que existem vários processos criminais contra mim, aos quais não quero responder. Estou aqui para mostrar que estou disponível a submeter-me à justiça, a me defender perante a justiça e a provar quem são os verdadeiros culpados pelos crimes que acontecem no país”, afirmou Mondlane.

“Quero estar presente em todos os momentos como um elemento ativo, apresentando as minhas ideias e debatendo com os agentes de desenvolvimento deste país. Quero fazer isso dentro do país, independentemente dos riscos associados a essa situação”, acrescentou.

Mondlane garante que a única função à qual está disponível para assumir é a que ele se propôs: lutar pelo povo moçambicano. “Eu não fiz toda essa luta para ser chefe, nem para obter benefícios financeiros ou materiais.”

Ele reitera que não fará parte de nenhum executivo proveniente de resultados falsificados ou manipulados. (Antonia Mazive)

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