Nampula (IKWELI) – A população da vila de Nametil, sede do distrito de Mogovolas, não anda nada satisfeita com a circulação, por ela considerada de excessiva, de agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM), pelos bairros, com o intuito de repor a ordem e tranquilidade públicas ameaçadas com actos de vandalismo por conta da desinformação sobre a cólera.
Segundo apurou o Ikweli, são agentes da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), uma força antimotim na PRM, que faz patrulha em Nametil.
“Aqui no distrito a situação não está boa, depois daquele assunto de vandalização da rádio e posto policial e outras coisas, ontem chegaram polícias da UIR para manter a ordem e tranquilidades públicas, mas o povo está com medo porque ouvimos que esses homens da UIR estão a andar casa em casa a procurar os que destruíram as infra-estruturas em causa, mas até agora não ouvimos nada de mal, mas algumas pessoas já estão a fugir para lá Mutacaze, um bairro distante da vila de Nametil com medo de ser confundido”, avançou uma fonte local.
O administrador do distrito, Emanuel Impissa, disse ao Ikweli que perante a situação da perturbação da ordem e tranquilidade públicas, que o distrito testemunhou num passado muito recente, houve a necessidade de manter a segurança da população e outras figuras para que o pior não venha a acontecer, visto que no entender da fonte “há pessoas que estão a ser ameaçadas de morte por desconhecidas”.
“Temos aqui as Forças de Defessa e Segurança sim, a trabalhar e garantir a ordem e segurança públicas e não vão simplesmente circular ao longo da vila sem patrulhar nos bairros, porque há ameaças, também, de vandalizarem casas de nossos concidadãos lá no bairro, porque temos informações de que as pessoas estão a receber mensagem de ameaça”, disse Impissa, relatando que “as pessoas são ditas eu fui pago para te matar e se você não me dar uma quantia em valor monetários eu vou te matar, então são essas situações que estão a acontecer e a nossa polícia para garantir a ordem e segurança públicas vai fazendo a sua parte vai, entrando nos bairros e não tenho conhecimento de alguém que tenha sido recolhido, mas o que eu saiba há pessoas detidas em conexão com vandalizações e manifestações, e que a polícia está aqui para recolher pessoas nos bairros isso não constitui verdade, mas aqueles que foram encontrados que estão ligados com essa situação vão ser responsabilizados”.
Impissa diz haver pessoas que estão detidas envolvidas nas situações de vana situação da desinformação sobre a cólera que aconteceu na passada sexta-feira (13), “mas isso aconteceu antes da força chegar, mas ainda está a se fazer um trabalho para apurar porque um sítio onde está tanta gente, um e outro é detido, mas a polícia tem que fazer um trabalho de triagem para verificar o nível de culpabilidade de cada um e remeter o processo ao Ministério Público”. (Malito João)
