Nampula (IKWELI) – O Centro Cultural da Universidade Rovuma (UniRovuma), na cidade de Nampula, parou na tarde da última quarta-feira (13) para acolher o lançamento da primeira obra literária do jornalista Victor Máquina.
Com pouco mais de 205 páginas e 36 crónicas, escritas com o objectivo de convidar os amantes da literatura a reflectir sobre os aspectos candentes da sociedade moçambicana, Metamorfoses da Terra, promoveu a presença de políticos, escritores, jornalistas e outros curiosos.
A obra teve a graça de ser apresentada por, Carlos Coelho, um decano do jornalismo moçambicano, o qual referiu que a literatura visa essencialmente trazer diferentes opiniões sobre a transformação que ocorre no carácter, o estado e, sobretudo, na aparência das pessoas.
“Ao percorrer as linhas deste livro, encontramos a transformação pura e divina da nossa terra, Nampula, não é por acaso que a primeira crónica deste livro tem como título Nampula Procurada e Nunca Assumida, no entanto, o autor da obra traz o tráfico de influências, no maior círculo eleitoral do país moçambicano”, apresenta, prosseguindo que ainda que na primeira crónica, o autor vislumbra uma questão que chama de pertinente: “quantas vezes os seus filhos foram forçados a aceitar um irmão cujas raízes não se conhecem, só porque pretende tê-lo em alguma liderança?”.
João Saltiel por sua vez, comentador da obra, entende que o livro pretende destacar as diversidades de Moçambique, para além da importância do perfil de assessoria em diferentes áreas, o tráfico de influências, sobretudo em Nampula, que é o maior círculo eleitoral do país. “O título Metamorfoses da Terra nos leva ao campo da teoria de linguagem e, como autor da mudança, e com naturais processos de transformação quer elas temporais ou permanentes, também Metamorfoses significa metamorfo, igual a mudança que são vistos como transformações de poesias criativas e estilo”, comentou.
Já o autor da obra, Victor Máquina referiu que o livro pretende convidar demais actores sociais, tanto governamentais e a sociedade civil, a reflectirem sobre a realidade da província de Nampula. (Nelsa Momade