Nampula (IKWELI) – O partido PODEMOS, delegação de Nampula, afirma que os membros que, recentemente, retiraram o seu apoio a candidatura de Venâncio Mondlane foram comprados por líderes de outros partidos políticos, para abandonar o candidato e filiarem-se a eles.
Em poucas palavras e sem mencionar nomes, o delegado da CAD/PODEMOS, Castro Niquinha, disse, nesta segunda-feira (23), que certos líderes políticos usam membros dos partidos para manipular a opinião pública, para o efeito, encaminham dinheiro para aqueles que chamou de fracos.
“Saíram muitas vezes a gritar que estão ao lado do povo, afinal de contas são pessoas sem moral. Alguém não pode vender princípios, muito menos valores por dinheiro. Nós outros estamos aqui e nunca em momento algum recebemos o dinheiro de Venâncio Mondlane para o seguir, seguimos os ideais, pensamentos e projectos”, afirmou.
Em conferência de imprensa, o delegado mostrou ainda a sua indignação e repúdio em relação aos pronunciamentos feitos, recentemente, pelo candidato da Frelimo, Daniel Chapo, onde este afirmou que as infra-estruturas como hospitais, escolas, entre outras pertencem ao partido.
Segundo Castro, todas as infra-estruturas públicas pertencem ao Estado e não ao partido, por isso entende que a Procuradoria deve investigar, actuar e tomar medidas.
“O pronunciamento do candidato do partido Frelimo, Chapo, que veio publicamente de uma forma desonesta e vergonhosa dizer que os hospitais, estradas, infra-estruturas moçambicanas pertencem a Frelimo, queremos apelar a Procuradoria-Geral de Moçambique a investigar e tomar medidas. Ficamos indignados, porque sempre que se trata de questões de pessoas que se distanciam ou que se encontram fora da Frelimo, a procuradoria mexe-se, porém, quando são assuntos que atingem a Frelimo nada se faz. Entendemos que é um crime Chapo fazer tais pronunciamentos, pois isso é o mesmo que dizer que o país é do partido”, disse.
Na ocasião, a fonte apresentou alguns cartões de eleitores que, segundo explicou, estão a ser recolhidos para manipular os resultados das eleições que se avizinham.
“Existe uma fraude que está a ser preparada e nós não vamos perdoar ninguém que se meter em questões de fraude, não nos obriguem a cometer erros. Esses cartões são a prova de que estão a ser recolhidos para manipular resultados”, acrescentou. (Ângela da Fonseca