Canada apoia Inquérito de doenças não transmissíveis com um milhão e seiscentos mil dólares americanos

Maputo (IKWELI) – O Alto Comissariado do Canadá, em Moçambique, anunciou na última segunda-feira (15) que vai disponibilizar cerca de um milhão e seiscentos mil (1.600.000) dólares norte americanos para o Inquérito de Doenças Não Transmissíveis que deverá ter lugar, ainda, no corrente ano.

O Inquérito será realizado pelo Instituto Nacional de Saúde (INS), em parceria com o Ministério de Saúde (MISAU), o Instituto Nacional de Estatística (INE) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) e visa avaliar a prevalência de determinantes de doenças não transmissíveis e seus factores de risco, entre outros aspectos.

Segundo a coordenadora técnica do Inquérito, Palmira Santos, o mesmo será realizado a nível nacional, contemplando indivíduos da idade compreendida entre os 18 e os 69 anos.

Santos justificou que essa idade é vista como a que tem maior probabilidade de ter essas doenças.

Por outro lado, esta fonte disse que este inquérito, que conta com o financiamento do Alto Comissariado do Canadá e apoio técnico da OMS, vai produzir dados actualizados para melhorar o desenvolvimento de programas e políticas de prevenção e tratamento das Doenças Não Transmissíveis.

Em Moçambique a hipertensão, diabetes, doenças mentais e cancro do colo de útero, estão entre as mais prevalecentes e preocupantes doenças não transmissíveis.

“A hipertensão é dada como a que mais ceifa vidas humanas e diabetes é a que mais incapacita”, disse a coordenadora, entendendo que é preciso priorizar estratégias que permitem a população tenha o conhecimento das medidas que possam tomar para melhorar a sua qualidade de vida, em termos de proteção da saúde.

Por seu turno, Ivan Manhiça, Secretário Permanente do Ministério da Saúde, disse que este é um estudo que vai abranger cerca de 5.720 indivíduos e que “esperamos que com este estudo tenhamos informações suficientes para um desenho de estratégias como resposta a situações específicas, olhando para diferentes idades que vão estar envolvidas neste estudo”.

“Este é o terceiro inquérito sobre doenças crônicas feito no país, são estudos que são feitos de cinco a cinco anos, precisam ser realizados com alguma regularidade para saber da situação epidemiológica da nossa população”, anotou.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que cerca de dois terços das mortes que há no mundo são por doenças crônicas e, em Moçambique, o número de casos de óbitos por doenças crônicas tem estado a aumentar. (Antónia Mazive)

 

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