Luís Sande considera que as grandes empresas devem envolver-se em acções humanitárias em tempos de crises

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Nampula (IKWELI) – O director do Serviço Provincial do Ambiente de Nampula, Luís Sande, defende que as empresas que actuam em diferentes áreas económicas naquele ponto do país devem centrar as suas acções, também, em ajudas humanitárias para minimizar o sofrimento das famílias vulneráveis.

Luís Sande teceu essas considerações no último sábado (17), durante uma campanha de doação de sangue ao Hospital Central de Nampula (HCN), promovida pela rede das associações GirAmbiente, e contou com gesto solidário da empresa Recheio, que opera no ramo comercial, que facultou kits de produtos alimentares para os doadores daquele líquido vital, envolvidos na campanha. Aliás, na referida campanha, foram colectadas perto de cinquenta (50) unidades de sangue.

“Esta campanha visa apoiar o nosso sector da saúde, ajudar os doentes porque, como temos informação, os nossos hospitais têm – se deparado com a falta de sangue devidamente neste tempo de pandemia, então, visa ajudar a nós todos”, começou por dizer Luís Sande, director do Serviço Provincial do Ambiente de Nampula.

“Agradecer ao Recheio pelo apoio, agradecer também ao Girambiente e à mesquita, pela organização desta actividade. Aproveito este momento para convidar outras empresas (que operam na província de Nampula) para participarem com essas acções, porque na nossa província para além de precisarmos de sangue, também temos deslocados de guerra que vem de Cabo Delgado, eles precisam do nosso apoio, todos nós, a sociedade em geral, para que possamos contribuir para apoiar os deslocados, a necessidade de obtenção de sangue, e tudo isso, estamos aberto”, precisou Luís Sande.

“O nosso objectivo é de ver a sociedade com uma sustentabilidade ambiental muito avançado, daí surgir-nos esta ideia de interagir com as comunidades junto com o governo da província com vista a unirmos esforços para a salvação da saúde pública, através de doação de sangue as unidades sanitárias”, acrescentou Amarjo Jackson, director executivo da rede GirAmbiente.

“Doar sangue é uma coisa muito normal, não traz nenhum transtorno. Deixo essa mensagem a todos que podíamos ajudar os nossos irmãos que precisam deste precioso líquido e, temos que ajudar entre nós, o islão recomenda nisso, é bom”, disse um dos dadores de sangue.

Para João Baptista, representante do movimento desportivo, “vim em resposta ao apelo do governo para salvar vidas. Nós temos recebido muitas das vezes pessoas que vem de fora, doentes sem sangue, as vezes é solicitada a família do doente para tirar o sangue, então se ele vem de longe como vai fazer, nós queremos ver se podemos estancar este tipo de comportamento para que as pessoas quando vem aqui não sentir a diferença de ter ou não ter família, então vamos tentar se organizamos um grupo que esteja nessa ideia de apoiar os que vem de muito longe e sem família”.

Na ocasião, Márcia Maquina, administrativa do Banco de Sangue no Hospital Central de Nampula, disse que o sangue colectado, recentemente, irá reforçar o stock existente no banco de sangue daquela unidade sanitária, descrito como sendo médio. “Doar sangue é um gesto muito bom, porque ajuda muita gente visto que nós, ao nível do Hospital Central de Nampula, temos recebido pacientes não só dos distritos periféricos da província de Nampula como também os pacientes das províncias de Cabo Delgado, Niassa e Zambézia, por isso é um gesto de louvar”.

Segundo acrescentou a fonte “em termos de necessidade, uma vez que sabemos que é tempo de pandemia, não estamos muito bem nem muito mal, temos um stock médio, quer dizer, sendo um hospital quaternário, seria muito bom elevar o stock e, com estas campanhas que já iniciaram vão ajudar o banco de sangue a elevar o stock de sangue para que nenhum doente que necessita deste precioso líquido fique sem ele”. (Constantino Henriques)

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