Nampula (IKWELI) – Com Moçambique a enfrentar um défice crítico de engenheiros qualificados, a Universidade Rovuma e a Ordem dos Engenheiros de Moçambique (OrdEM) firmaram esta quinta-feira (04) uma parceria estratégica que pretende elevar a qualidade da formação e aproximar a academia das exigências reais do mercado de trabalho. O memorando surge como resposta directa ao aumento de obras com falhas técnicas e à necessidade de quadros capazes de acompanhar o ritmo de desenvolvimento do país.
O director da Faculdade de Engenharia da UniRovuma, Guedes Caetano, sublinhou que o memorando responde directamente a esta urgência nacional. “Não basta fazer a licenciatura em engenharia para ser engenheiro. Este gesto demonstra o compromisso da Universidade com a melhoria da formação, da empregabilidade e da credibilidade institucional”, afirmou, defendendo que o país precisa de profissionais capazes de garantir segurança e qualidade nas obras públicas e privadas.
Para o vice-presidente da OrdEM, Júlio Tsama, a ligação precoce entre estudantes e a Ordem permitirá prevenir práticas amadoras e uniformizar padrões éticos e técnicos. “Exigimos que os engenheiros exerçam com competência, ética e inteligência. Se pudermos transmitir estes valores ainda na formação, melhor para eles”, destacou, acrescentando que a aproximação com a UniRovuma cria condições para moldar profissionais mais preparados.
A nova cooperação é vista como um passo estruturante para elevar o padrão da engenharia moçambicana e responder a desafios cada vez mais complexos, como urbanização acelerada, construção de infraestruturas resilientes e crescimento industrial. Com este movimento, a UniRovuma e a OrdEM sinalizam que a formação universitária e a certificação profissional deixam de seguir caminhos paralelos para avançarem juntas no fortalecimento da engenharia nacional. (Redação)





