UniLúrio as escuras e sem água

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Nampula (IKWELI) – Definitivamente, o caos tomou conta da Universidade Lúrio (UniLúrio). Por conta de uma dívida acumulada com as empresas Electricidade de Moçambique (EDM) e Águas da Região Norte (AdRN), o principal campus e a reitoria daquela instituição pública de ensino superior, no bairro de Marrere, nos arredores da cidade de Nampula, tiveram o fornecimento de água e de energia cortado.

O acto ocorreu na última quinta-feira (23), uma situação que está a afectar o processo de formação dos estudantes, assim como o funcionamento regular da instituição. No curso nocturno, por exemplo, as aulas estão interrompidas, a higiene e o saneamento do meio, também, estão afectados.

O director da EDM em Nampula, Cristóvão Neves, confirmou ao Ikweli o corte de fornecimento da energia eléctrica à UniLúrio, reafirmando que “nós estamos a fazer um trabalho normal de cobrança de dívida, também fizemos muitos cortes nos estabelecimentos em várias instituições públicas e privadas, dai que cada instituição vai reagir e pagará consoante a dívida”.

Esta fonte recordou que “a factura é emitida até 15 dias e se o cliente não faz o pagamento e quando isso acontece não damos mais espaço”, anotando que se o corte não é imediato “é porque são muitos cortes que nós fizemos em vários estabelecimentos”.

Neves não fala dos montantes que a universidade deve, mas está claro que é uma dívida enorme.

Por outro lado, esta fonte recorda aos clientes que “quando nós continuamos a fornecer os serviços, a dívida ainda mantem e isso não é sustentável, porque nós dependemos do dinheiro das receitas feitas nas instituições para fazermos o pagamento dos fornecedores, salários, compra de pneus, postes e combustível. Nós temos fornecedores, a EDM não fabrica nada e é tudo comprado, mesmo o melhoramento de local de trabalho e então através dessas receitas feitas conseguimos fazer pagamentos”.

Entretanto, a AdRN não quis falar sobre o caso, mas o Ikweli sabe que a divida é de pouco mais de 2 milhões de meticais e que a UniLúrio não se tem mostrado colaborativa para colmatar a situação. (Nelsa Momade)

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