Maputo (IKWELI) – Moçambique registou 811 casos de violência contra pessoas idosas em 2024, dos quais 528 do sexo feminino e 283 do sexo masculino, contra 717 casos em 2023, representando um aumento de 94 casos.
Dentre as tipologias de violência mais comuns, aponta-se a violência física, psicológica e patrimonial.
De acordo com o Secretário de Estado de Gênero e Acção Social, Abdul Razak Esmail, a violência é um fenómeno que precisa ser combatido, pois ainda é uma realidade que afecta as comunidades, de forma particular a pessoa idosa.
“Para reverter esse cenário, mostra-se necessário a intensificação das acções de sensibilização das famílias e da sociedade, bem como a melhoria da actuação, coordenação e articulação entre vários intervenientes governamentais da sociedade civil que trabalham na prevenção e combate, em particular, o combate à violência contra a pessoa idosa.”
Abdul Esmail falava à margem das celebrações do 15 de Junho, Dia Internacional de sensibilização contra violência a pessoa idosa, neste ano sob o lema “vamos combater a violência e negligência contra a pessoa Idosa.”
Na sua intervenção explicou que, com este lema, pretende-se chamar a atenção das famílias e da sociedade sobre o dever de assegurar o direito e a preservação da dignidade e identidade da pessoa idosa, porque ser idoso significa maturidade.
Observou ainda que a responsabilidade de proteger os idosos é porque estão dotados de um conjunto de conhecimentos e de experiências que devem ser transmitidos aos mais novos.
Segundo Abdul Esmail, o encontro realizado a propósito, deve servir para se melhorar a coordenação e articulação de vários intervenientes na prevenção e resposta à violência contra a pessoa idosa.
“Debater sobre a situação de vulnerabilidade das pessoas idosas em contextos de emergência, bem como partilhar boas práticas e propostas de soluções para os desafios enfrentados pela pessoa idosa, como resultado deste encontro, esperamos que seja partilhado o mecanismo multissectorial de atendimento às vítimas de violência e a experiência de vários intervenientes na resposta à violência contra a pessoa idosa e que seja reforçado o compromisso institucional e comunitário na proteção e valorização da pessoa idosa.”
A reflexão juntou na capital do país diversas instituições públicas e privadas, que além de avaliar o estágio sobre a violência contra a pessoa idosa, vão assumir o compromisso de proteção daquela idade. (Antónia Mazive)