Nampula (IKWELI) – O secretário de Estado na província de Nampula, Plácido Pereira, disse na manhã desta segunda-feira (19) que a Polícia da República de Moçambique (PRM) não deve ser “ninho” de indisciplinados e corruptos, por entender que a corporação é instrumento de exercício de poder por parte do Estado e do governo.
A intervenção foi feita a margem da saudação oficial do colectivo de direção do comando provincial da PRM ao representante do governo central, por ocasião da passagem dos 50 anos da sua criação.
Na ocasião, Pereira disse reconhecer o papel nobre da polícia, relançando que “a polícia é o garante da existência do Estado. A corporação tem passado por muitos desafios, logo depois das eleições e aquando das manifestações ilegais que ocorreram um pouco por todo país, e no caso específico da província de Nampula a corporação teve desafios acrescidos, não só por esta questão das manifestações, mas também a desinformação que tem ocorrido. Tivemos também Naparamas e alguma instabilidade na fronteira com a província de Cabo Delgado, mais uma vez saudar a corporação e reconhecer o seu papel e apelar que tenhamos sempre uma polícia de proximidade, uma polícia dialogante, uma polícia.”
A fonte, aproveitou a ocasião para exortar os membros da corporação a se distanciarem e a combater actos de corrupção no exército das suas funções. “Apelamos ainda que se deve continuar a combater actos de corrupção na sociedade, mas também na corporação, pois o funcionário público, neste caso o polícia é uma referência ou deve ser uma referência na comunidade onde está inserido, onde trabalha, onde vive, deve ter uma postura não só quando está em serviço, mas mesmo quando não está de serviço, ele deve ser uma referência positiva para a sociedade.”
João Mupuela, comandante da PRM em Nampula, disse que as manifestações violentas impulsionaram a polícia a trabalhar com profissionalismo e discernimento.
“Olhamos para o futuro com a convicção de que fortalecendo os laços com a comunidade, investindo na formação dos nossos quadros e aprimorando as nossas capacidades operativas continuaremos a ser uma força acessível para a promoção e manutenção da paz e segurança e contribuirmos para o desenvolvimento social e económico nacional,” concluiu. (Malito João)