Isaura Nyusi apela fim ao estigma contra pessoas vivendo com HIV/SIDA

Nampula (IKWELI) – A primeira-dama da República de Moçambique, Isaura Nyusi, apelou, durante uma visita à província Nampula, o envolvimento de todas forças vivas da sociedade na eliminação do estigma e discriminação contra pessoas vivendo com HIV/SIDA, com destaque para raparigas e jovens.

Isaura Nyusi falava na última sexta-feira (13), durante um encontro de reflexão sobre a prevenção do HIV, no âmbito do “Dezembro Vermelho”, mês de conscientização contra o HIV/SIDA.

Sob o lema “seja solidário, diga não ao estigma e descriminação”, a primeira-dama entende que o mesmo “chama atenção de que não é possível acabar com o SIDA como uma ameaça a saúde pública se não seguir o caminho dos direitos humanos, há necessidade de acabar com as desigualdades, pois impedem o problema da resposta ao HIV/SIDA, por isso somos todos chamados a unir esforços para que todos tenham as mesmas oportunidades”.

Durante o encontro, Isaura Nyusi mostrou grande preocupação com o crescente número de adolescentes e jovens afectados pela doença, o que coloca o país entre os mais afectados a nível mundial. “Moçambique está entre os países do mundo com maior índice de infecção da doença, os resultados de inquérito nacional sobre o impacto do HIV/SIDA, mostra que a prevalência da mesma em pessoas de 15 a 49 baixou de 13,2% para 12,2%. Igualmente a prevalência da doença na camada juvenil continua preocupante, por exemplo, estimativas preliminares indicam que em 2023 há um número de novas infeções de adolescentes e jovens dos 15 aos 24 anos e isso mostra que há muito trabalho a desenvolver para alterar actual situação”.

Isaura Nyusi revela que entre os anos 2019 e 2023, houve uma redução significativa no número de casos, daí que chama atenção as forças de resposta ao HIV/SIDA a trabalharem de forma mais eficiente. “Saímos de 130 mil contra 89 mil casos, este é um grande ganho e precisamos acelerar passos para o combate da actual situação. Somos chamados a realizar intervenções que contribuam na prevenção eficaz, eficiente e em maior engajamento dos intervenientes da resposta nacional do HIV/SIDA”.

Enquanto isso, segundo o governador da província de Nampula, Manuel Rodrigues, a implementação dos programas direcionados a rapariga tem vindo a contribuir na construção de um futuro promissor com foco na saúde, educação, empoderamento e empregabilidade.

“Na nossa província de Nampula, os programas realizados têm impacto positivo, a título de exemplo é o programa “Eu sou capaz”, através do qual foram reintegradas 3.191 raparigas, fruto da sensibilização comunitária, distribuição de 196.960 peças de uniformes escolares e 3.884 bicicletas. Com isso, garantimos a retenção da rapariga na escola e diminuímos o índice de desistência escolar”, disse o governador. (Nelsa Momade)

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