Nampula (IKWELI) – Os bairros de Carrupeia e Namicopo, nos arredores da cidade de Nampula, onde na manhã desta quarta-feira (13) duas pessoas foram mortas pela polícia e igualmente outras duas baleadas com ferimentos graves, estão em alvoroço, tudo por conta da resposta mortífera que agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) deu a um grupo de manifestantes que “alojou-se” na rua da França.
Segundo apurámos no terreno, após essa tragédia, os populares, sobretudo de Namicopo, começaram a caçar agentes da PRM, maioritariamente a paisana.
Um dos agentes foi apedrejado e perseguido até a uma residência no bairro de Carrupeia e levado pelos populares a um destino desconhecido.
Quem, também, não escapou da brutalidade policial e dos manifestantes são os jornalistas da cidade de Nampula, tendo sido violentados e seviciados um repórter da Rádio e Televisão Encontro e o seu operador de câmara, nomeadamente César Rafael e Valdimiro Amisse.
Estes dois jornalistas foram perseguidos, tanto pela polícia, assim como os manifestantes. A polícia disparou, com balas reais, contra eles, mas não os atingiu. Mais tarde foram interpelados e tentaram apagar o material captado, mas por sorte o operador de câmara tinha removido o cartão de memória do aparelho. (Aunício da Silva)