Nampula (IKWELI) – O MISA Moçambique e o Sindicato Nacional de Jornalistas (SNJ), na província de Nampula, juntaram mais de duas dezenas de escribas para discutir o Estatuto e a Carteira Profissional do Jornalista nesta sexta-feira (28).
Entre os vários pontos, os jornalistas discutiram sobre o estatuto do profissional jornalistas, sobre a comissão da carteira profissional, entre outros aspectos.
Aunício da Silva, presidente do Núcleo provincial do MISA em Nampula, disse, na ocasião, que a discussão de instrumentos orientadores e jurídicos da classe deve ser encarregado com pertinência e vitalidade.
“Durante auscultação, tivemos contribuições muito valiosas porque os debates despertaram aos nossos jornalistas da cidade de Nampula, a necessidade de sermos uma classe organizada e com uma instituição organizada que é reconhecida pelo Estado moçambicano. A questão da carteira profissional foi desde sempre um debate a nível da província de Nampula e hoje, mais uma vez, sentamos para discutir o estatuto, sentamos para discutir o estatuto e as conclusões que chegamos é que de facto precisamos de ter este documento com alguma brevidade, isso vai nos oferecer algum empurrão e uma certa facilidade de actuação.”
“Conseguimos colher as contribuições dos nossos colegas e vamos encaminhar a comissão que foi constituída para fazer chegar aos proponentes desta proposta de lei para que seja aprovada, tendo em conta as necessidades do jornalista moçambicano, especialmente da província de Nampula.
Umas das questões que discutimos tem haver com a constituição da comissão da carteira profissional e a proposta que nós temos é uma constituição de dez elementos, olhamos também para a constituição da comissão tanto ao nível de província, como a nível nacional, uma constituição ímpar para que facilite o momento da votação e outros assuntos.”
No entanto, o entrevistado, sublinhou que “olhamos a perspectiva de como pode se adquirir está carteira profissional e os respetivos custos, a questão das incompatibilidades no exercício da actividade jornalística e em simultâneo com outra atividade,” disse.
A jornalista Nelsa Momade reconhece os benefícios da carteira profissional no exercício das funções dos jornalistas para garantir a liberdade de expressão e comunicação.
“Com a carteira poderá se combater pessoas revestidas de jornalista e que continuam a manchar a classe jornalista ao nível da província de Nampula. No entanto, esta discussão é antiga e esperamos que desta vez possa se efectivar, porque precisamos que os jornalistas trabalhem sem perseguição e livremente”
O director editorial do jornal Rigor em Nampula, Faizal Ibramugy, também tem enorme expectativa na carteira professional como forma de reconhecer os jornalistas moçambicanos.
“Essa carteira profissional também vai trazer um dinamismo porque há algumas medidas que as pessoas passam, caso se aprove a observar, como por exemplo a questão da corrupção, visto que existe alguns profissionais que passam a extorquir algumas fontes, cobrar para passar alguma informação e com a nova lei terá a penalização.”
Por fim, Faizal Ibramugy disse que “a discussão foi bastante importante visto que é uma discussão que vem há anos e esperamos que o projecto passe para a sua efetivação. Pela primeira vez vamos passar a ter o mínimo aceitável para alguém exercer a profissão jornalística. Hoje estávamos a dizer que é preciso que comecemos do nível médio daqui em diante, porque hoje em dia temos várias pessoas a se passarem de jornalistas, mas que não têm o mínimo do conhecimento”. (Francisco Mário)
