Maputo (IKWELI) – Para fortalecer a segurança nacional e garantir igualdade de gênero, Moçambique tem vindo a consolidar normas e estruturas institucionais que promovam a participação feminina no sector da defesa e combate a práticas discriminatórias.
A informação foi avançada pelo Secretário Permanente do Ministério da Defesa Nacional, Casimiro Mueio, esta segunda-feira (24) em Maputo, durante a cerimônia de abertura do curso de formação regional sobre a integração da perspetiva de gênero nas operações de apoio a paz.
Mueio defende que a instabilidade na região tem afectado de forma desproporcional mulheres e raparigas, expostas a elevados riscos de violência e exclusão social.
O governante sublinhou ainda que a experiência internacional demonstra que a inclusão de mulheres nos processos de paz e segurança contribui para operações mais sustentáveis e eficazes.
Na ocasião, a fonte afirmou, igualmente, que o país está a consolidar um quadro normativo voltado à igualdade de género no sector da Defesa, com destaque para a Política e Estratégia de Género das Forças Armadas em elaboração, com a implementação da Resolução 1325 do Conselho de Segurança da ONU e o reforço de mecanismos que garantam igualdade de oportunidades, formação e ascensão na carreira.
O governante também citou alguns desafios estruturais que as mulheres ainda enfrentam enquanto membros das Forças de Defesa e Segurança, daí que, ” há necessidade de aumentar a representação feminina em cargos de decisão, superar barreiras físicas, sociais e institucionais que ainda limitam o acesso equitativo às especialidades operacionais, e reforçar as infraestruturas militares para oferecer condições dignas, seguras e inclusivas às mulheres, sobretudo nas unidades de aquartelamento.”
Nesta senda, Mueio sublinha que a superação destes desafios exige esforços coordenados entre instituições militares, órgãos de justiça, parceiros de cooperação e a sociedade civil. (Antónia Mazive)






