Nampula (IKWELI) – O Presidente do Conselho Municipal da cidade de Nampula, Luís Giquira, acredita que o Fundo de Desenvolvimento Local (FDEL) vai ajudar na redução do desemprego, bem como os índices de pobreza urbana, por isso apela a não corrupção no processo de seleção dos projectos.
O Fundo de Desenvolvimento Local é uma iniciativa do Presidente da República, Daniel Chapo, visando financiar a implementação dos projectos de desenvolvimento nas comunidades moçambicanas.
Ao nível do município de Nampula será alocado um montante de 11.800.000,00MT (onze milhões e oitocentos mil meticais), de acordo com Luís Giquira, Presidente do Conselho Municipal de Nampula.
O autarca está de visita aos postos administrativos urbanos de Nampula e a porta de entrada foi o posto de Natikiri, onde nesta terça-feira (7) cumpriu o seu segundo dia de trabalho.
Em Natikiri, Giquira instou aos jovens locais a traçar projectos de desenvolvimento e concorrer ao financiamento, como forma de reduzir os níveis de desemprego reclamado pela própria camada juvenil.
Na cidade de Nampula a submissão dos projectos será feita nos postos administrativos, daí que Giquira apela para não corrupção e favoritismo no processo de selecção dos respectivos projectos.
“Esse fundo é para o desenvolvimento local, queremos dizer com isso que toda gente que tiver um projecto seja individual, seja associação, seja cooperativo, se tiver um projecto para submeter ao posto administrativo, é mahala a submissão desse projecto. Ninguém tem que cobrar uma quinhenta para submeter o projecto,” disse Luís Giquira.
“Nós temos ouvido alguma reclamação que as pessoas têm projectos e querem submeter, mas tem que entregar ao secretario do bairro para reconhecer, nós queremos evitar essa história. Invés de seguir para o secretario do bairro, vão submeter o projecto ao posto administrativo e o posto administrativo há-de solicitar o secretário do bairro para assinar a declaração, assim vamos evitar corrupção,” continuou.
“Não tem que pagar nenhuma quinhenta ao secretário do bairro, nem ao chefe do posto para a submissão dos vossos projectos. Nós como Conselho Municipal através do nosso posto administrativo, temos a obrigação de receber, encaminhar, e se algo estiver errado, se faltar um documento, o chefe do posto tem a obrigação com a sua equipa de organizar esse documento e submeter, porque nós queremos transparência neste fundo, queremos que este fundo realmente sirva a comunidade,” referiu a fonte.
Segundo o autarca, o FDEL tem que servir a comunidade “não tem que servir a sobrinhos ou enteados de ninguém, esse fundo é para a comunidade para os projectos locais para o desenvolvimento, a agricultura, pecuária, turismo, tudo aquilo que já está, nós vamos entregar uma lista e vamos colar no posto administrativo onde cada um de nós podemos consultar,” prosseguiu Giquira.
“Nós estamos a dizer que este é um fundo que é para devolver, é um crédito, não estamos a dizer que é um dinheiro que é para levarmos os jovens irem casar segunda mulher, depois terceira mulher, não. Esse dinheiro não é para levar e dizer que vou vender cigarro, não, mas sim para projectos de desenvolvimento, temos que criar projectos em que nós dizemos que com este projecto eu vou conseguir daqui a um dia, daqui a dois dias, daqui a um mês, empregar outros irmãos, o município também não tem vagas para todos, queremos usar este fundo para a gente criar oportunidades de trabalho para várias comunidades,” alertou o autarca. (Constantino Henriques)