Moçambique: 24 em cada 1000 nados vivos perdem a vida

Maputo (IKWELI) – A chefe da repartição de Saúde Infantil do Ministério da Saúde, Arla Alfândega, anunciou esta quarta-feira (1) que em Moçambique em cada 1000 nados vivos 24 perdem a vida.

As mortes, segundo explica Alfândega, são causadas por complicações da prematuridade, asfixia ou trauma ao nascimento, infecções ou sépsis neonatais, anomalias congênitas entre outras, tendo apontado que a província de Gaza está no topo com maior número de casos.

A fonte acrescentou que quanto mais a mulher for nova, menor de 20 anos de idade, por exemplo, ela tem um risco elevado de ter um bebê prematuro que não sobrevive no seu primeiro mês de vida, e quando a mulher tem uma idade avançada, este risco volta a subir. 

“O facto de um recém-nascido ser prematuro aumenta até 8 vezes o risco de morte no período neonatal,” lamentou

No entanto, a nível global a dirigente apontou que anualmente morrem cerca de 2,3 milhões de recém-nascidos. Isso equivale dizer que por dia morrem 6 300 recém-nascidos e em cada 14 segundos um recém-nascido morre em qualquer parte do mundo.

Alfândega entende que esses casos são na sua maioria evitáveis e que “a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um plano global como se fosse um roteio que foi assinado por vários países, incluindo Moçambique, com vista a acabar com a mortalidade evitável, ou seja, tinha recomendações e intervenções importantes por forma a fazer face a este aumento que o mundo observava de mortalidade neonatal.”

Por seu turno, a pediatra Benilde Soares diz que Moçambique está dentro dos países com as mais altas taxas, quer seja para a mortalidade neonatal, como a mortalidade de menores do período de 1 à 59 meses, assim como a mortalidade dos menores de 5 anos.

“Como forma de mitigação, depois do país adoptar o plano, que ia acelerar o seu progresso para a sobrevivência infantil, começou a elaboração do plano ajustado, igualmente foi feita a análise de estrangulamentos para identificar onde estão as nossas maiores lacunas. Foi feita também uma análise para ver o que é recomendado internacionalmente. Então, isso está tudo em processo e agora o documento está na parte de consulta as partes interessadas e espera-se que até o final do ano se tenha um plano submetido para aprovação,” salientou Soares. (Antónia Mazive)

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