Governador defende imparcialidade na gestão do FDEL

Nampula (IKWELI) – O governador da província de Nampula, Eduardo Mariamo Abdula, exorta a todos intervenientes do Fundo para o Desenvolvimento Económico Local (FDEL) a pautarem por uma postura ética no sentido de evitar exclusões na avaliação dos projetos.

Abdula, que falava no âmbito da abertura da sessão de capacitação das comissões de avaliação dos projetos do FDEL, referenciou que “o FDEL visa aproximar os recursos públicos das comunidades, apoiar os empreendedores locais, transformar as potencialidades de cada distrito em potencialidades concretas em desenvolvimento económico e social. O FDEL surge para responder os desafios ligados a falta de financiamento para pequenos empreendedores, o desemprego juvenil, falta de infraestruturas de apoio a produção.”

Segundo o governador, “serão financiados projectos viáveis, sustentáveis nas áreas da agricultura, pecuária, agroprocessamento, comércio, turismo, hotelaria, artes e ofícios entre outros sectores chaves. Estes sectores são vitais para dinamizar a economia local e criar emprego, sobretudo para a juventude moçambicana e em particular para a juventude de Nampula.  O FDEL é também um mecanismo de inclusão social, dando prioridade aos jovens empreendedoras, mulheres, cooperativas, associações e micro e pequenas empresas.”

“As comissões de selecção dos projectos assumem um papel absolutamente estratégico. São essas comissões que terão a responsabilidade de receber, analisar e avaliar as propostas apresentadas garantindo a transparência e imparcialidade em todo o processo, assegurando que os recursos sejam atribuídos a projectos viáveis de impacto real e benefício colectivo,” sublinhou Abdula.

Falando à imprensa, o governador conclui deixando um alerta para que haja inclusão total sem olhar a religião, cor partidária e quaisquer outras diferenças, para beneficiar do fundo.  

Por seu turno, Gamito dos Santos, activista e defensor de direitos humanos, disse que a avaliação dos projectos não pode ser partidarizada como num passado recente. “Temos um histórico amargo que no passado tivemos os 7.000.000Mt (Sete Milhões) e por alguma forma foram abusados, geridos de forma partidária e o fundo não foi devolvido.”

Como sociedade civil, “queremos pedir ao governo, assim como a comissão que vão estar na avaliação dos projectos, que seja uma gestão patriótica, inclusiva e transparente,” disse Dos Santos. 

O evento contou com a participação dos administradores distritais, presidentes dos municípios, agentes económicos, líderes comunitários, organizações de base, académicos, membros da sociedade civil e membros do conselho executivo. (Francisco Mário)

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