IIAM vai libertar variedade de mandioca com capacidade de produção de perto de 30 toneladas por hectare

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Nampula (IKWELI) – A delegação regional norte do Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) vai libertar entre 2025 e 2026 nova variedade da cultura de mandioca com alta capacidade de produção e de elevado teor nutricional.

O delegado regional do IIAM, António Chamuene, disse a margem do dia da instituição, no âmbito das celebrações dos 20 anos da sua existência, que são “variedades de mandioca com alta produtividade. Os rendimentos anteriores da mandioca eram de cerca de 20 toneladas por hectare, as novas variam de 25 a 30 toneladas por hectares. Elas são doces e são de ciclo relativamente curto, também tem uma produção de folhas que tem muito conteúdo de vitaminas para suprir a deficiência de micro-nutrientes no organismo”.

António Chimuene, delegado regional norte do IIAM

Segundo disse, nos dias que correm, estas variedades estão na fase de teste ao nível das zonas de produção nas províncias de Nampula e Zambézia.

Esta variedade, segundo disse, pode estar pronta para o consumo no período de 7 a 8 meses, contra as actuais variedades que ficam prontas em 9 a 10 meses.

“O outro resultado de destaque é a libertação de 6 novas variedades de gergelim, que apenas falta o lançamento, sobretudo mizerepane e orala. Essas variedades destacam-se pelo seu rendimento, a volta de mil quilogramas por hectare, contra os 700 a 800 quilogramas por hectares”, anotou Chamuene.

O Secretário de Estado na província de Nampula, Jaime Neto, esteve nas instalações do IIAM em Nampula, concretamente no Centro Zonal Nordeste, para entender o que a instituição de investigação anda a fazer.

No local, o governante mostrou-se maravilhado, tendo, assim, reconhecido o papel fundamental daquele organismo governamental.

“O IIAM tem a missão de gerar conhecimentos e soluções tecnológicas que promovam o desenvolvimento sustentável do agro-negócio, assegurando a segurança alimentar e nutricional em Moçambique, através do suporte e manancial de conhecimento gerado nas várias áreas de pesquisa agrária”, reconhece Neto, que assevera que “em um país onde a agricultura é a espinha dorsal da economia e a fonte de sustento para a maioria das famílias, o trabalho do Instituto de Investigação Agrária de Moçambique não é apenas relevante, mas vital”.

Jaime Neto visitando a exposição no âmbito do dia do IIAM

O Secretário de Estado na província de Nampula reconhece o papel dos pesquisadores e cientistas agrários, por isso os apela a continuarem proactivos na descoberta de novas variedades de culturas, sobretudo as resilientes a eventos climáticos.

“Ao longo dos anos, o IIAM tem se dedicado à pesquisa de ponta para encontrar soluções que aumentem a produtividade agrícola, melhorem a resistência das culturas às mudanças climáticas e promovam práticas agrícolas e investigação para o melhoramento das espécies animais”, disse esta fonte, cuja intervenção temos vindo a citar.

Por outro lado, Jaime Neto apela ao sector privado e a sociedade civil para fazerem o bom uso das tecnologias liberadas pelo IIAM. (Aunício da Silva)

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