Maputo (IKWELI) – O ministro moçambicano do Trabalho, Criança e Acção Social aponta que o país está perto de alcançar a meta de igualdade de gênero na educação geral com cerca de 49,9% de participação da rapariga na escola.
Paulo Beirão, do referido ministério, disse, em workshop realizada na semana passada na cidade de Maputo sobre Liderança Transformadora e Participação Activa das Raparigas e Jovens Mulheres em Espaço de Governação em Moçambique, o evento enquadra-se no eixo número dois da política de gênero e a estratégia da sua implementação, no seu primeiro ponto que preconiza a capacitação efectiva nos processos de tomada de decisão.
Aquela fonte sublinhou ainda que ao nível da governação e tomada de decisão das mulheres, o país destaca-se ao ocupar a terceira posição ao nível da SADC [Comunidade de Desenvolvimento da África Austral] e a quinta posição ao nível da União Africana.
Beirão recordou, igualmente, que as mulheres e raparigas ainda enfrentam inúmeros desafios, barreiras culturais, sociais e institucionais que limitam o seu potencial de liderança. “Este workshop é uma plataforma para reflectir sobre políticas inclusivas que assegurem mecanismos concretos para a participação activa de jovens e mulheres nos órgãos de governação.”
Por outro lado, fortalecer as capacidades através de programas de formação e mentoria das redes de apoio que inspirem as raparigas a liderar com confiança.
Por seu turno, a representante do Saber Nascer, Yara Uthui, diz que Moçambique é um país em que as mulheres representam aproximadamente 52% da população, mas ainda enfrentam barreiras significativas para aceder a espaços de decisão. A sub-representação das mulheres nos órgãos de governação contrasta com o seu peso demográfico e com o potencial transformador que carregam.
Por isso, considera crucial empoderar as raparigas e jovens mulheres, garantindo-lhes voz, oportunidades e condições para participarem de forma activa e efectiva nos processos de governação. “Acreditamos firmemente que quando uma jovem mulher lidera, a democracia fortalece-se, a justiça social avança e toda a sociedade progride,” fincou. (Antónia Mazive)