Nampula (IKWELI) – O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) em Nampula deteve e apresentou publicamente, na tarde desta segunda-feira (1), seis indivíduos acusados de falsificar recibos do recenseamento militar.
De acordo com a porta-voz do SERNIC em Nampula, Enina Tsinine, entre os detidos encontra-se um candidato ao concurso público para ingressar nas fileiras da Polícia da República de Moçambique (PRM), e movido pela ansiedade de garantir vaga, o mesmo optou por recorrer a meios ilícitos para obter a declaração militar exigida como requisito.
Segundo Tsinine, os restantes membros do grupo actuavam como facilitadores, utilizando máquinas impressoras e scanners para produzir documentos falsificados, que eram vendidos entre 500,00Mt (quinhentos meticais) e 1.500,00MtMt (mil e quinhentos meticais).
“Todos os indivíduos estão indiciados no crime de falsificação de documentos, recebemos informações de que havia pessoas interessadas em participar no concurso público da PRM sem possuir a declaração militar. Muitos não fizeram o recenseamento militar por não terem idade na altura ou simplesmente por iniciativa própria. Então, recorreram à falsificação de recibos para obter a declaração,” explicou a porta-voz.
A detenção do grupo foi possível graças a um trabalho intensivo de investigação e após a denúncia, o candidato confessou ter adquirido o documento através de um falsificador, o que permitiu localizar outros dois envolvidos no dia 28 de agosto, seguindo as pistas, a polícia conseguiu identificar mais suspeitos, incluindo o presumível responsável pela falsificação.
Um dos candidatos detidos assumiu o crime, justificando que temia perder a oportunidade de ingressar na PRM por não possuir a declaração militar.
Por sua vez, um dos técnicos envolvidos alegou desconhecer que o cliente que utilizou os serviços de scanner em sua copiadora pretendia usar os documentos para fins ilícitos.
A porta-voz do SERNIC deixou o alerta no sentido de “talvez este caso sirva para desencorajar a todos que pretendem ingressar às fileiras da polícia, quem não possui os requisitos deve aguardar pela próxima oportunidade, para não cair nas malhas da justiça.” (Malito João)