Nampula (IKWELI) – O governador de Nampula, Eduardo Mariamo Abdula, convocou na tarde desta segunda-feira (4), os principais actores do sector da Educação na província, para discutir mecanismos e soluções para pôr termo as cobranças que enfermam a área.
Dirigindo-se aos presentes, Abdula recordou que “a educação não deve ser comprometida”, por isso que “o momento exige clareza, responsabilidade e acção coordenada”, de forma a salvaguardar um dos principais motores de desenvolvimento da província.
“Há questões estruturais que exigem a entrega de todos nós”, disse o governante, para quem “devemos resgatar a confiança dos alunos e das famílias nas instituições estabelecidas”.
E para encontrar soluções pacificas e coordenadas, o governador liderou a criação de uma comissão multissectorial, onde fazem parte a Associação Nacional dos Professores de Moçambique (ANAPRO), a Igreja Católica, o Conselho de Álimos de Nampula, a Koshukuro, bem como as Universidades Católica e Rovuma.
O governador esclareceu que com a criação desta comissão, deverão ser apresentadas “propostas claras para a eliminação das cobranças irregulares nas escolas e o reforço dos mecanismos de fiscalização, responsabilização e prevenção.”
O governante usou da ocasião para também repudiar aquilo que chamou de “distúrbios graves provocados por cobranças irregulares de valores monetários aos estudantes, para efeitos de realização de avaliações na Escola Secundária de Cossore,” secundado que ” a educação deve ser gratuita, acessível e livre de qualquer barreira que comprometa o carácter inclusivo.”
Igualmente, a fonte apelou à Procuradoria Provincial de Nampula e ao Gabinete Provincial de Combate a Corrupção para que intervenham, havendo material criminal para que os prevaricadores sejam, exemplarmente, responsabilizados. (Felismina Maposse)