Nampula (IKWELI) – As trabalhadoras de sexo que actuam no principal prostíbulo da cidade de Nampula, conhecido por Axinene, dizem não estar confortáveis com a sua segurança por isso decidiram contratar uma força comunitária para as guarnecer, enquanto exercem as suas actividades.
Segundo fontes no local, anteriormente as trabalhadoras de sexo sofriam agressões constantes devido a défice de segurança que tinha se instalado naquele local.
Devido ao recrudescimento do crime que apoquentava aquelas profissionais, houve a necessidade de uma reunião com os proprietários para mobilizar-se alguns homens para controlar as portas principais das trabalhadoras de sexo.
Uma das trabalhadoras de sexo, de 32 anos de idade, disse ao Ikweli que a situação de falta de segurança já estava a tomar contornos alarmantes até havia registo de óbitos de algumas suas colegas.
“Nesses dias não é como há muito tempo, porque há muito tempo, não tínhamos controlo e também a pessoa mesmo quando fosse ao posto policial, não te atendiam bem, te contavam como uma bandida, então agora temos guardas particulares e temos polícias a circular a qualquer momento nessa nossa área. Pequena agressão, ligamos para a polícia e nos ajudam.”
Apesar dessa satisfação de segurança estar minimamente resolvida, outra trabalhadora mostra preocupação com o uso de estimulantes sexuais por parte dos clientes, pois “quando eles vêm depois de usarem suas drogas, às vezes quando demoram muito ejacular eu mando parar com a actividade para negociar novamente, mas existem outros que primeiro tentam ameaçar, e quando solicitamos a nossa segurança para tentar mediar o problema, as vezes a pessoa aumenta dinheiro para podermos prosseguir com a actividade, isso para evitar criar confusão. Há muito tempo tínhamos agressões constantes, até temos nossa colega que foi assassinada por um dos seus clientes devido a essas confusões, então esses homens que demoram, a gente deve negociar bem, e evitar confusão,” explicou.
Domingos Vasco, um dos seguranças das trabalhadoras de sexo no Axinene, explicou que nas noites há muitos oportunistas que tentam desestabilizar o local se fazendo de clientes.
“Nós estamos a trabalhar aqui para socorrer essas nossas manas que estão a trabalhar aqui como trabalhadoras de sexo, mas com a nossa presença muita coisa está a diminuir, até as vezes lutamos aqui, porque alguns fumam soruma, mas graças aos agentes da polícia do Centro Hípico que circulam aqui estão a diminuir um pouco esses malfeitores.” (Malito João)