Detido casal indiciado de falsificar documento de um morto em Pemba

Nampula (IKWELI) – Um casal está a ver o sol aos quadradinhos nas celas da 1ª esquadra da Polícia da República de Moçambique (PRM) na cidade de Nampula, província moçambicana com o mesmo nome, acusados de falsificar documentos de um morto, por sinal padrasto da mulher, que em vida fora antigo combatente, onde se apoderaram de mais de 100 mil meticais.

O crime foi executado em Agosto do ano passado, tendo posteriormente motivado os indiciados a orquestrarem uma fuga à cidade de Nampula, local onde vieram a ser detidos.  

A informação foi avançada, na tarde desta segunda-feira (26), pela porta-voz da PRM em Nampula, Rosa Nilza Chaúque, a qual explicou que os indivíduos foram detidos quando tentavam levantar 50 mil meticais, num dos bancos da cidade de Nampula.

“A nível da província de Nampula, foram detidos dois indivíduos, um destes provenientes da província de Cabo Delgado, a mesma cidadã teria falsificado uma documentação do seu padrasto falecido, que era antigo combatente, e se fez a uma agência bancária, onde efetuou levantamento de um valor de 128 mil meticais, esta também trabalhava em coordenação com um dos seus comparsas ora a monte. Depois destes levantamentos, se fez a província de Nampula, tendo se dirigido a uma agência bancária, onde pretendia levantar um valor de 50 mil meticais.”

A porta-voz da PRM conta que foi possível deter os indivíduos após denúncia feita por pessoas próximas que teriam desconfiado dos movimentos do casal.

Falando ao Ikweli, um dos indiciados conta que teria sido aliciado a participar do crime pelo seu cunhado, “estou aqui porque fui solicitado com o meu cunhado, para testemunhar essa gente que vinha do distrito de Pemba, para poder levantar dinheiro de um falecido e era seu tio, na altura eu estava na minha machamba no distrito de Namaita, disseram que era para levantar dinheiro do mesmo falecido, por isso você vai se passar de falecido respondendo o nome dele, e disse que eu teria algum refresco, eu acetei, fomos até o banco, eles levantaram o dinheiro e me deram 6 mil meticais, e disseram que eu seria o dono da conta e estaria a receber mensalmente.”

Em lágrimas, o indiciado garante, “na segunda vez não conseguimos, fomos logo capturados, eu aceitei porque era dinheiro e quero ajudar os meus filhos a estudar, se fosse guerra, eu não teria aceitado, assim estou muito arrependido, nunca vou repetir.”     

Enquanto isso, a indiciada, por sinal esposa, de 31 anos de idade, confessou “eu apenas fui solicitada com o cunhado do meu tio, para vir a cidade de Nampula, para ser como uma procuradora, então no dia 21 fomos ao banco ABSA da cidade de Nampula, para levantar o valor de 50 mil meticais, só que de repente vimos policiais a virem nos prender, alegando que nós teríamos falsificado documentos, mas apenas falsificamos B.I do meu padrasto que já perdeu a vida, no mês de agosto de 2024 e era antigo combatente, o objectivo era levantar dinheiro, mas eu não me beneficiei do valor.” (Virgínia Emília)

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