Nampula (IKWELI) – O sector de saúde a nível do distrito de Mogovolas, província de Nampula, não alcançou a meta de partos nas maternidades públicas durante o primeiro trimestre do corrente ano.
Segundo dados partilhados ao Ikweli, o sector tinha como meta do primeiro trimestre realizar 5.142 partos institucionais, tendo feito apenas 2.175, o que corresponde a uma cobertura de 50.9%.
De acordo com o director dos Serviços Distritais de Saúde, Mulher e Acção Social de Mogovolas, Alimo Chea, uma das razões para o fracasso está relacionada com o encerramento das unidades sanitárias na altura, devido a onda de desinformação sobre a cólera e manifestações violentas que culminaram com a vandalização de alguns centros.
“Durante o período em análise, tivemos o enceramento dos Centros de saúde de Nametil por 40 dias, Calipo por 62 dias, Muatua e Nanhupo-Rio, 90 dias. Este facto fez com que muitas mulheres grávidas ficassem privadas do acesso aos partos institucionais no primeiro trimestre.”
Chea partilhou que um dos desafios está relacionado com a rede sanitária que continua insuficiente para cobrir o número de pacientes, uma vez que o distrito conta com apenas oito unidades sanitárias para cerca de 457 mil habitantes.
“Estamos a dizer que cada unidade sanitária cobre não menos de 80 mil habitantes.”
No entanto, a fonte avançou que o sector tem feito palestras com mensagens que visam sensibilizar e mobilizar maior número de mulheres a optar por partos seguros dentro das maternidades.
“Temos estado a fazer palestras na comunidade para que as mulheres entendam que partos fora da maternidade são muito perigosos, porque muitas vezes é um parto arrastado, isso pode sujeitar perigo na mãe assim como no bebé. Encontramos desafios por causa da rede sanitária que de certa forma é deficitária.” (Ângela da Fonseca)