Nampula (IKWELI) – Arrancou nesta quinta-feira (15) a campanha de comercialização agrária 2025 e a província de Nampula, uma das mais produtoras do país, espera comercializar 5.589.082 toneladas de produtos diversos, contra 5.498.833 comercializados em 2024, o que representa um crescimento em 2%.
O governador de Nampula, Eduardo Mariamo Abdula, que orientou a cerimónia de lançamento da mesma, está expectante no alcance das metas, como também na melhoria dos rendimentos do sector familiar.
Segundo sabe o Ikweli, “na campanha de produção agrária 2024, a província [de Nampula] planificara comercializar 5.498.833 toneladas de produtos diversos, sendo 514.976 toneladas de cereais, 571.822 toneladas de leguminosas, 203.796 toneladas de hortícolas, raízes tubérculos 3.970.209 toneladas, (mandioca 3.696.113, batata doce 273.775, batata Reno 321 toneladas), e 103.591 toneladas oleaginosas o que perfaz uma meta de 5.498.833, em relação as culturas de rendimento 134.439 toneladas, (algodão 41.389; tabaco 8.255; castanha 82.400 e sisal 2.395), contra 5.349.531 de 2023 sendo 519.601 de cerais, 887.295 de leguminosas, 2.954.304 de raízes e tubérculos, 390.620 de hortícolas e 125.249 de oleaginosas”.
As culturas que tiveram maior expressão no período em análise foram a mandioca, com 67.2%, o milho, com 5.5%, o amendoim, com 5.1% e a batata-doce, com 4.5%.
“Vivemos tempos desafiadores,” reconhece o governador, afirmando que “o cenário econômico global exige de nós não apenas resiliência, mas também inovação, organização e, acima de tudo, valorização da produção rural como pilar essencial para o desenvolvimento econômico e social. A comercialização não é apenas o acto de vender — é a ponte entre o produtor e o Mercado, entre quem produz e quem consome, entre o esforço e o reconhecimento.”
A campanha de comercialização 2025 decorre sob o lema “Comercialização Agrária como factor Dinamizador da Economia Local e Industrialização”, e o governador precisou que foram traçados objectivos como “garantir melhores condições de acesso ao mercado para os produtores; ampliar canais de comercialização justos, solidários e transparentes; promover políticas públicas eficazes, com apoio técnico e logístico; e fortalecer circuitos curtos de comercialização, feiras, compras institucionais através do Instituto de Cereais de Moçambique e plataformas digitais através da bolsa de Mercadorias de Moçambique”.
“Sabemos que o agricultor não precisa apenas de sementes e insumos de produção, precisa de segurança para escoar sua produção com dignidade e a preço justo. Por isso, esta campanha é também uma resposta às demandas dos produtores, às necessidades das cooperativas e agentes de comercialização e às esperanças de milhares de famílias que tiram seu sustento da terra”, afiançou Abdula, concluindo que “em parceria com os envolvidos em todas as fases da cadeia de valor agraria, construiremos uma rede de apoio que vá além da venda, oferecendo capacitação, crédito, assistência técnica e, sobretudo, respeito ao esforço dos produtores.” (Redação)
